domingo, 28 de outubro de 2007

Extinção é 100 vezes maior que no passado

     Nairobi/Nova Iorque - Veja abaixo alguns pontos críticos identificados pelo Global Environment Outlook: meio ambiente para o desenvolvimento (GEO-4), divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Trata-se do mais recente da importante série de relatórios do PNUMA, que avalia o estado atual da atmosfera global, terra, água e biodiversidade, descreve as mudanças desde 1987 e identifica prioridades para ação. O GEO-4 é o mais abrangente relatório das Nações Unidas sobre meio ambiente, preparado por cerca de 390 especialistas e revisado por mais de mil estudiosos em todo o mundo.
 
     Água: a irrigação já utiliza cerca de 70% da água disponível; ainda assim, para atingir o Objetivo do Milênio de reduzir a fome no mundo, a produção de alimentos deverá dobrar até 2050. A água doce disponível está diminuido: até 2050, prevê-se que o uso da água crescerá 50% nos países em desenvolvimento e 18% nos países desenvolvidos. Afirma o GEO-4: "o fardo crescente da demanda por água tornar-se-á intolerável em países com recursos hídricos escassos".
 
Irrigação

     A qualidade da água também tem declinado, poluída por micróbios patogênicos e nutrientes em excesso. Globalmente, a água contaminada é a maior causa de doenças e morte de pessoas.
 
    Peixes: O consumo mais que triplicou entre 1961 e 2001. As pescas estagnaram ou declinaram lentamente desde os anos 80. Subsídios geraram excesso na capacidade de pesca, estimada em 250% maior do que o necessário para manter a produtividade sustentada dos oceanos.
 

     Biodiversidade: As mudanças atuais na biodiversidade são as mais velozes na história humana. Espécies são extintas cem vezes mais rápido do que o analisado a partir de registros fósseis. Estima-se que o comércio de carne silvestre na bacia do Congo, na África, seja seis vezes maior do que a taxa sustentável. Dos maiores grupos de vertebrados analisados com profundidade, mais de 30% dos anfíbios, 23% dos mamíferos e 12% dos pássaros estão ameaçados.
     Espécies intrusas estranhas ao ambiente também são um problema crescente. As águas-vivas-de-pente (ou "carambolas-do-mar"), introduzidas acidentalmente no Mar Negro em 1982 por navios dos EUA, dominaram todo o ecosistema marinho e destruíram 26 portos de pesca comercial até 1992.
     Uma sexta grande extinção irá ocorrer, desta vez causada pelo comportamento humano. Atender a crescente demanda por comida siginificará intensificar a agricultura (utilizando mais produtos químicos, energia e água, além de criações e culturas mais eficientes) ou cultivar mais terras. De ambas as formas, a biodiversidade será afetada.
 
Jaguatirica
 
   Um sinal de progresso é o aumento contínuo de áreas protegidas. Mas elas devem ser geridas com eficiência e criadas adequadamente. E a biodiversidade (de todo tipo, não penas a "megafauna carismática" como tigres e elefantes) necessitará cada vez mais de preservação fora das áreas protegidas.

     Pressões regionais: Este é o primeiro relatório GEO em que todas as sete regiões do mundo são enfatizadas quanto aos impactos potenciais das mudanças climáticas. Na África, degradação do solo e mesmo a desertificação são ameaças; a produção de alimentos per capita diminuiu 12% desde 1981. Subsídios agrícolas injustos em regiões desenvolvidas continuam a impedir o progresso rumo a cessões maiores. As prioridades para Ásia e Pacífico incluem qualidade do ar em áreas urbanas, pressão sobre água doce, degradação de ecosistemas, uso agrícola da terra e crescente produção de resíduos. A provisão de água potável obteve progresso notável na última década, mas o tráfico ilegal de eletrônicos e resíduos perigosos é um novo desafio. A renda crescente na Europa e o aumento no número de famílias têm levado ao consumo e à produção insustentáveis, maior gasto energético, péssima qualidade do ar e problemas de transporte. As outras prioridades para a região são perda de biodiversidade, mudanças no uso da terra e pressões sobre água doce.
 
Poluição da água.

     A América Latina e o Caribe enfrentam crescimento urbano, ameaças à biodiversidade, danos nos litorais e poluição marinha, e vulnerabilidade às mudanças climáticas. Porém, áreas protegidas cobrem atualmente 12% da terra e as taxas anuais de desmatamento na Amazônia estão reduzindo. A América do Norte está lutando para combater as mudanças climáticas, as quais se relacionam com uso de energia, crescimento urbano desordenado e pressões sobre recursos hídricos. Os ganhos na eficiência energética perderam o efeito por causa do uso de veículos maiores, padrões de baixa economia de combustível e aumento no número de automóveis e das distâncias percorridas. Para a Ásia ocidental, as prioridades são pressões sobre recursos hídricos, degradação dos ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, gestão urbana e paz e segurança. Também preocupam as doenças relacionadas à água e o compartilhamento de recursos hídricos internacionais. Nas Regiões polares já se notam os impactos das mudanças climáticas. A segurança alimentar e a saúde de populações indígenas são ameaçadas pelo aumento de mercúrio e de poluentes orgânicos persistentes no meio ambiente. A camada de ozônio deve levar mais meio século para se recuperar.
 
     O futuro
     O Relatório GEO-4 reconhece que a tecnologia pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade das pessoas às pressões ambientais, mas afirma que há, em certas ocasiões, a necessidades de "corrigir o paradigma de desenvolvimento centrado na tecnologia". Ele explora como as tendências atuais podem resultar em quatro cenários por volta de 2050.
     O futuro real será determinado em grande parte pelas decisões que os indivíduos e as sociedades tomarem agora, afirma o GEO-4: "nosso futuro comum depende de nossas ações hoje, e não amanhã ou em algum momento no futuro".
     O dano causado por alguns problemas persistentes talvez já seja irreversível. O relatório alerta que o combate às causas profundas das pressões ambientais pode, por vezes, afetar os interesses consolidados de grupos poderosos capazes de influenciar as decisões políticas. A única forma de lidar com os problemas mais sérios é deslocar o tema ambiental da periferia para o centro das decisões: é o meio ambiente para o desenvolvimento, não o desenvolvimento em detrimento do meio ambiente.
     "Houve chamados para a ação suficientes desde Brundtland. Eu espero sinceramente que o GEO-4 seja o último. A destruição sistemática dos recursos naturais da Terra atingiu um estágio em que é desafiada a viabilidade econômica em todo o mundo – e a conta que passamos aos nossos filhos pode ser impossível de ser paga", disse Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA.
     O relatório GEO-4 conclui que "enquanto espera-se que os governos liderem a mudança, outros atores mostram-se igualmente importantes para garantir sucesso em alcançar o desenvolvimento sustentável. As necessidades não poderiam ser mais urgentes e a hora não poderia ser mais oportuna, a partir de nosso entendimento mais aprimorado sobre os desafios que temos à frente, para agir agora e salvaguardar nossa própria sobrevivência e a de gerações futuras".
 
Fonte: Pnuma - Portal do Meio Ambiente

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Um péssima imagem internacional

     O aumento do desmatamento na Amazônia voltou a ser notícia no mundo. O jornal inglês The Guardian divulgou uma galeria de fotos com queimadas e muita devastação. Enquanto o Ministério do Meio Ambiente se recusa a assumir a gravidade da situação, Estados como Mato Grosso, Rondônia e Pará registram aumentos de até 600% no ritmo das derrubadas.
 
 
     Dados recentes do Inpe revelaram que os índices gerais de desmatamento já cresceram 8% entre junho e setembro. Tudo indica que em 2008 teremos um novo recorde vergonhoso de destruição de nossas florestas. Será que as autoridades brasileiras só irão reagir quando a comunidade internacional voltar a nos pressionar por causa do problema?
 
Imagem: Juliana Arini - Blog do Planeta

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domingo, 21 de outubro de 2007

Apresentação do novo desenho da reserva da Biosfera da Mata Atlântica no RS

     Em visita a Secretaria do Meio Ambiente, representantes do Colegiado Regional Sul da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CERBMA/RS) e a diretora do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica (FZB) estiveram reunidos com o secretario adjunto Francisco Simões Pires para apresentar o novo desenho da biosfera no Estado.
 
 
 
 
 Demétrio Guadagnin, Maria de Lourdes de Oliveira, Simões Pires, Luiz Alberto Mendonça, Alexandre Krob e Ana Pellini
 
 
 
 
 
     Esta revisão está de acordo com os padrões internacionais, é feita a cada cinco anos e passa pela aprovação de várias instancias até chegar a Unesco. O intuito é com o mapeamento estimular varias linhas de desenvolvimento sustentável. Segundo o conceito da Unesco estas reservas são espaços de gestão com o propósito de incentivar ações positivas dentro das unidades de conservação. E existem várias demandas nestas novas áreas que o Comitê Estadual considera de suma importância no direcionamento de recursos e conhecimentos, criando uma gestão cuidadosa e responsável para resultados positivos. Entre estas demandas a proposta de extrativismo de junco para a região do Litoral Norte.
     Para Simões Pires o novo desenho contempla um ponto importantíssimo que é a preservação da biosfera e "a contextualização do cidadão com o meio ambiente oportunizando-lhe alternativas para o desenvolvimento sustentável".
     O desenho já foi aprovado pelo Comitê Estadual que é formado por 18 instituições.  São 9 representantes do governo (entre elas Fepam, Comando Ambiental e Emater) e 9 da sociedade civil (formada por instituições que representam moradores da Mata Atlântica, entidades ambientalistas e comunidade científica).  A formatação do novo retrato da biosfera da Mata Atlântica no RS se deu pela ação conjunta da UFRGS, povos indígenas e três ONGs. De acordo com o diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), Luiz Alberto Mendonça, o estudo do Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica está em concordância com a lei de dezembro/2006 cuja legislação ditou novas regras para gestão do bioma. Segundo a diretora do Museu de Ciências Naturais, Maria de Lourdes de Oliveira, "o desenho busca manter e refazer conexões em um cenário de fragmentação, impedindo que esse desmembramento ocorra em maior escala". Há um vínculo entre estas áreas que na ampliação inclui espaços concentrados em bacias hidrográficas incentivando a preservação das matas ciliares. Todas as novas áreas possuem conexão com zonas de Mata Atlântica e são reconhecidas como áreas de conservação.
     A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica compreende um espaço que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, definidas por áreas prioritárias dentro da reserva e que são chamadas áreas piloto. O RS possui três áreas piloto: 4ª Colônia, Litoral Norte e Lagoa do Peixe.
     Este desenho passará agora pela análise do Comitê Nacional em seminário do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera, que começa a partir de domingo, no Espírito Santo. Para o professor Demétrio Luis Guadagnin, do núcleo de Conservação e Manejo de Vida Silvestre da Unisinos,o projeto está muito bem justificado em termos técnicos e, de modo geral, "comparado com as propostas de outros estados a nossa está bem fundamentada, estamos confiantes de vermos aprovado esse novo desenho." De acordo com o coordenador do CERBMA, Alexandre Krob, o novo desenho vem ampliar as oportunidades de Mata Atlântica contemplando uma área de maior abrangência no Estado.
    Também participou da reunião a diretora-presidenta da Fepam, Ana Pellini.
 
Fonte: Lúcia Camargo - ASSECOM SEMA

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Exemplo em São Paulo: Oficinas mecânicas em defesa do meio ambiente

     Aquela imagem de uma oficina limpinha, chão branco, funcionários uniformizados, ferramentas no seu devido lugar, é coisa do passado. Por consciência, exigência do mercado ou porque a lei obriga, o fato é que grandes centros automobilísticos e pequenas oficinas começam a se preocupar com o respeito ao meio ambiente, recolhendo peças retiradas dos carros, separando material descartado e reciclando óleos, baterias e pneus.
 
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     E o setor de oficinas mecânicas é responsável por parte da geração de lixo tóxico nocivo ao meio ambiente. A cidade de São Paulo produz diariamente cerca de 12 mil toneladas de lixo doméstico e industrial, sendo a maioria do lixo produzido pelas oficinas mecânicas. Umas poucas, entre as 20 mil oficinas de São Paulo, fazem o trabalho de reciclagem. Um estabelecimento, localizado na zona norte da capital paulista, conforme vamos falar mais adiante, recolheu em um ano uma tonelada de peças usadas e embalagens que foram substituídas dos carros dos seus clientes.
     Os óleos e outros materiais líquidos descartados ameaçam o meio ambiente, quando despejados nos esgotos. Por isso, a legislação prevê a reciclagem de alguns produtos de oficinas mecânicas, como os óleos e os líquidos das baterias.
     Algumas oficinas se prepararam para atender a legislação e foram além, reciclando todos os materiais que antes eram descartados e levados ao lixo comum, com destino aos aterros sanitários. Os resultados têm sido promissores. Além de criar uma imagem positiva junto à clientela, acabam gerando lucro da atividade. Um bom exemplo é da oficina Scopino, de Pedro Luis Scopino, na Zona Norte de São Paulo. A mecânica é um exemplo de como é possível ter responsabilidade social e ainda gerar lucro. No estabelecimento de 340 metros quadrados, nada é desperdiçado, desde papéis até a água da chuva. A água da chuva é captada por calhas distribuídas no telhado e armazenada numa caixa d'água com capacidade para 2.500 litros. Os funcionários usam a água coletada para lavar peças, lavar a própria oficina e também usa-la nas descargas dos banheiros. "Com isso chego a ter uma economia de 40% de custo na conta", disse Pedro.
     Mas a sujeira, o óleo presente nessas peças lavadas não é despejado no esgoto. Scopino pensou nessa possibilidade e colocou um decantador na pia, separando a água do óleo. O óleo é recolhido e a água é devolvida "limpa", sem resíduos ao esgoto. O óleo retirado dos carros é depositado em um tanque e destinado ao re-refino. Em média são armazenados mil litros de óleo por mês e tudo é reaproveitado, vendido.
     O ambiente é iluminado pela luz do sol, já que tem várias entradas de luz no teto. Durante o dia não há lâmpadas acesas. Além de economizar com essas atitudes, Pedro Scopino separa todo o material reciclável produzido na oficina. Os papéis são recolhidos pela Prefeitura de São Paulo, semanalmente, e os metais, peças de reposição, molas e baterias e escapamentos são revendidos, dando um lucro extra para o proprietário. Para fazer esses ajustes, Scopino teve gastos mínimos, e lucrou ainda mais.
     Uma atitude nobre que enche, e com razão, o proprietário de orgulho. "Só quero mostrar a todos os colegas como é fácil e muito bom fazer tudo isso", finaliza.
 
Fonte: Simone Fantini - Eco Informe
Nota do Blog BioWilson: As oficinas mecânicas e similares produzem um elevado número de objetos contaminados com óleo, graxa, solvente e gasolina que são, por todo o Brasil e inclusive em Venâncio Aires, descartados como lixo comum, ou seja, nas lixeiras para o lixo comercial e residencial. Estes resíduos altamentes nocivos ao meio ambiente e à saúde humana poluem desde o ambiente de trabalho, passando pela usina de triagem, até seu descarte final no aterro em Minas do Leão.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Crueldade a animais é investigada

     Dois inquéritos civis abertos na Promotoria de Defesa Comunitária de Pelotas apuram o manejo usado na suinocultura e avicultura
Porcas matrizes impedidas de se movimentar por toda a sua vida, até que sua fertilidade decaia e sejam encaminhadas ao abate. Galinhas poedeiras enjauladas, em prisão perpétua, onde não podem sequer esticar as asas e têm seus bicos removidos para diminuir o "desperdício" de alimento, ficando assim impedidas de selecionar a ração e evitar o canibalismo, tamanho o estresse a que são submetidas. Estes são alguns exemplos de maus-tratos a que são submetidos os animais em estabelecimentos de suinocultura e avicultura no País. Para investigar tal prática em Pelotas, foram abertos dois inquéritos civis na Promotoria de Justiça de Defesa Comunitária.
 
Porcos têm dentes extraídos
 
     Tradição Cultural
     "Podemos dizer que esse tipo de empreendimento, em todo território nacional, não possui qualquer regulamentação quanto ao bem-estar dos animais que lhe servem de mercadoria", afirma o promotor de Justiça Jaime Nudilemon Chatkin, responsável pelos inquéritos. Ele credita a utilização desenfreada de maus-tratos a animais no agronegócio a uma "tradição cultural", já que aves e suínos são destinados ao consumo humano. "Não tenho dúvida que se qualquer pessoa fizesse algo parecido com algum cachorro ou gato, seria imediatamente chamado de cruel e responsabilizado criminalmente", enfatiza. Para o Promotor, o manual de boas práticas, elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e que regula os métodos praticados no agronegócio, "tem foco na produtividade e no lucro dos produtores".
 
Galinhas não esticam as asas em jaulas pequenas
 
     Proteção Constitucional
     O Promotor lembra que os animais experimentam sensações semelhantes a seres humanos, tais como dor, alegria e medo. Assim, muitas vezes são submetidos a um manejo "que não se pode adjetivar de outra forma que não seja com a palavra cruel". Chatkin lembra que a Constituição Federal, em seu artigo 225, e leis federais e estaduais, vedam a prática da crueldade a animais.
Levando os limites legais em conta, os inquéritos civis têm como objetivo, além de apurar as condições de criação dos animais, impor limites aos criadores. A Promotoria pretende, ainda, mostrar como a carne e ovos são produzidos, fazendo com que o consumidor escolha o produto levando em conta as práticas utilizadas pelo agronegócio.
 
Autor: Jorn. Celio Romais - Agência de Notícias do Ministério Público do RS (Fotos: MP de Pelotas)
 
Nota do Blog Biowilson: Parece que está chegando ao fim a época dos maltratos aos animais de corte. Espero que os órgãos ambientais, que se mantém omissos diante desta crueldade, comecem a tomar as devidas medidas legais para coibir tais atitudes.

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Fepam é citada para cumprir decisão

Promotoria do Meio Ambiente executou TAC na parte em que a Fundação ficou obrigada a exigir estudo de impacto ambiental para silvicultura
 
     A diretora-presidente da Fepam, Ana Pellini, foi citada, nesta terça-feira, 16, para que cumpra a ordem judicial que suspendeu a expedição de novas licenças para a atividade de silvicultura, sob pena de pagamento de multa.
     A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre ajuizou ação de execução do termo de ajustamento de conduta - TAC, que foi celebrado com a Fepam em 12 de maio de 2006, em relação à obrigação de exigir o Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo relatório - EIA/RIMA para todos os empreendedores da atividade de silvicultura que postulassem a implementação de plantios, cujo somatório das áreas próprias, arrendadas ou em parcerias, fossem superiores a mil hectares ou menores, neste caso quando se tratasse de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental.
     A medida, ajuizada em 23 de agosto deste ano, obteve decisão favorável em 13 de setembro último, no sentido de suspender a expedição de novas licenças, sob pena de pagamento de multa no valor R$ 1,5 mil por licença expedida antes de apresentados e aprovados os referidos estudos.
 
Fonte: Agência de Notícias do Ministério Público do RS

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Arborização, uma questão de harmonia urbana

     Com o crescimento dos espaços urbanos tem-se mudado a paisagem natural para um aspecto artificial de plantas em convívio com o concreto. Mas um convívio harmonioso entre os equipamentos urbanos e a vegetação deve seguir padrões rígidos e pré-estabelecidos para se obter uma qualidade ambiental que produza conforto e bem-estar à população.
     Desta forma, discute-se aqui, o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores na última semana, que estabelece normas para a proteção e promoção da arborização no município de Venâncio Aires. Projeto que, além de ser uma cópia da legislação de Novo Hamburgo, não trata das questões pendentes com a arborização urbana e pública no nosso município.
     Uma lei deve ser elaborada para regrar e regulamentar as deficiências na área em questão, seja por lacunas deixadas por outras leis ou por necessidade de melhorar e adaptar à questão local. Nesse caso, essas lacunas iniciam no Código Florestal Federal, quando se trata de Áreas de Preservação Permanente; no Código Florestal Estadual, quanto as espécies imunes ao corte e demais restrições; no Decreto Estadual n° 38.355/98, que regulamenta o manejo e a reposição florestal; na Lei federal n° 9.605/98 e no Decreto Federal n° 3.179/99, que regulamentam as sanções às más condutas; no Decreto Estadual n° 42.099/02, que define as espécies ameaçadas de extinção; e na Lei Municipal n° 2534/00 (Código de Posturas e Meio Ambiente de Venâncio Aires), que já contempla a arborização pública (árvores das calçadas e em espaços públicos) em alguns de seus artigos, mas que não estabelece critérios específicos para o manejo em área urbana (árvores em área privada), que é de responsabilidade do município.
     Este projeto de lei, assim como está, não resolverá os problemas de manejo da vegetação em área urbana, pois uma Lei que proteja e promova a arborização não pode deixar de definir quais espécies de árvores devem ser plantadas, observado, principalmente, seu porte, suas dimensões e suas características ecológicas; as espécies que não podem ser plantadas, conforme o potencial tóxico de suas folhas, flores e frutos e sua estrutura radicular; os espaçamentos e distâncias de objetos públicos e privados; locais e quantidades de mudas à serem replantadas quando houver necessidade de supressão; como também o tamanho e profundidade do canteiro. Apesar destas informações estarem no Plano Municipal de Arborização, elaborado pelos funcionários do órgão ambiental em 2000, este é um regramento que não tem poder de Lei.
     Caso este projeto de Lei for aprovado, a arborização urbana ainda se constituirá um problema urbano, ainda mais quando aliado a intervenções ineficientes (podas irregulares e sem orientação técnica), falta de informações, capacitação e, também, pesquisa. Logo, muito dos conflitos com a arborização urbana são, naturalmente, o resultado da falta de planejamento e conhecimento técnico.
     No entanto, já vivemos um momento de caos com a arborização desde o plantio excessivo e desordenado das tipuanas (Tipuana tipu) em Venâncio Aires. Esta atitude tem gerado um gasto público e privado altíssimo e não contabilizado, sendo que não houve planejamento ou assessoria de pessoal capacitado para tal, pois vemos tipuanas plantadas em baixo da rede elétrica, ao lado de postes e bueiros, em esquinas e em locais com pouco espaço para o seu desenvolvimento.
     Também se observa que as reposições de pós-corte das árvores públicas, quando acontecem, ainda estão sendo realizadas com espécies impróprias como o ficus (Ficus benjamina e Ficus auriculata) e tipuanas e outras árvores com estrutura radicular de alto poder destrutivo, que, com certeza e é questão de tempo, causarão a obstrução da rede de água e esgoto, quebra da calçada, muros, paredes e do meio-fio, problemas na rede elétrica e telefonia, obstrução da iluminação pública, risco ao trânsito de veículos e de pedestres, gerando problemas ao município e à população.
     Assim, espero que este projeto não seja votado e, sim, reelaborado para o município de Venâncio Aires, pois um projeto de arborização deve-se observar uma série de fatores físicos, químicos, biológicos, ecológicos, urbanísticos e, também, levar em conta o aspecto cultural da população e suas necessidades. Espero, também, poder ver plantadas espécies nativas como camboatá, chal-chal, tarumã, cambará, pitangueira, guabiju, uvaia, araçá, capororoca e muitas outras em plena integração urbana e ecológica, mantendo a harmonia fitossociológica e a fitofisionomia natural, ou seja, plantar as árvores que ocorrem naturalmente na nossa região.

Autor: Wilson Junior Weschenfelder
Nota: Artigo publicado no Jornal Folha do Mate de Venâncio Aires em 16 de outubro de 2007, podendo ser acessado no endreço http://www.folhadomate.com.br/arquivos/pdf/10447.pdf

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terça-feira, 2 de outubro de 2007

Frey Supermercados lança sacola retornável

     A partir de hoje (28/09), os estabelecimentos do Frey Supermercados oferecem uma alternativa ecologicamente correta para substituir as sacolas plásticas usadas para carregar as mercadorias. Trata-se das sacolas permanentes ou retornáveis.
     O projeto de sacolas ecológicas tem como slogan "Sacola permanente. Solução inteligente". O objetivo é fazer com que os clientes do Frey Supermercados adquiram a sacola de pano e criem o hábito de sempre que forem às compras levá-la consigo, criando uma consciência de responsabilidade ambiental e reduzindo a quantidade de sacolas plásticas nos mercados. As sacolas retornáveis podem ser adquiridas nas duas lojas da rede, localizadas nos bairro Macedo e Aviação. O cliente recebe a sacola gratuitamente a cada R$ 400,00 em compras ou com R$ 50,00 em compras + R$ 2,00. Segundo o proprietário Everton Frey, mensalmente os dois supermercados utilizam cerca de 40 mil sacolas plásticas de vários tamanhos. "A conscientização é lenta, mas temos uma expectativa de muito sucesso neste projeto. Num primeiro momento, foram produzidas cerca de 500 sacolas de pano", revelou o empresário. Everton reafirmou que a empresa cumprirá sem problemas a lei municipal aprovada recentemente na Câmara de Vereadores que prevê a divulgação de informações sobre a coleta seletiva de lixo nas sacolas. "Já estamos nos preparando para esta lei que entra em vigor no mês de dezembro. No entanto, o projeto das sacolas de pano é uma iniciativa própria do Frey Supermercados", enfatizou Everton.
 
CONSCIENTIZAÇÃO - Todos nós produzimos lixo. Geralmente não pensamos sobre ele: simplesmente o jogamos fora. Porém, o mundo está ficando sem espaço para guardar todo o lixo que se está acumulando. Queimar o lixo polui o ar, e as cinzas, muitas vezes, são tóxicas. Às vezes, o lixo é jogado nos rios e lagos, poluindo a água. Freqüentemente ele é enterrado, o que pode contaminar o solo e comprometer o abastecimento de água. Há quase 50 tipos de plásticos usados para tudo, desde recipientes de suco de frutas e sacolas de plástico até janelas e portas.O problema com o lixo plástico é que ele se transforma em produtos venenosos. Por exemplo, o vinil, usado para fazer garrafas, peças de carro e canetas, polui o solo, se for enterrado, e libera substâncias venenosas no ar, se for queimado. Os plásticos podem ser reciclados para fazer pentes de cabelo, lajes para piso e roupas de poliéster.
Fonte: Renê Ruppenthal - Jornal Folha do Mate
 
Nota do Blog Biowilson: Com essa atitude o Mercado Frey toma a frente como uma empresa com consciência ambiental. Seria de grande interesse público se o restane do comércio tomasse como exemplo esta atitude e também colocassem em prática a separação dos resíduos sólidos, ao invés de esperar pelo órgão ambiental municipal que não está inserido nesta discussão, visto que até o caminhão da coleta seletiva não mai circula pela cidade.

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Nova lei começa a vigorar em dezembro

     Os principais supermercados de Venâncio Aires já estão se preparando para se adequar à lei nº 3.973, promulgada na semana passada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Wilson da Silva Puthin (PP). O projeto, aprovado inicialmente no Legislativo, foi vetado pelo prefeito Almedo Dettenborn que alegou inconstitucionalidade. Os vereadores, por sua vez, não aceitaram a decisão e derrubaram o veto durante votação secreta.
      A legislação prevê a divulgação de informações sobre a coleta seletiva de lixo domiciliar nas sacolas plásticas utilizadas em estabelecimentos comerciais com área superior a 500 metros quadrados, bem como os que possuem matriz e uma ou mais filiais em Venâncio Aires. Os proprietários têm, segundo a lei, um prazo de 90 dias (14 de dezembro) para a adequação. As informações deverão ocupar, no mínimo, 80% da face externa de um dos lados da sacola. A legislação terá validade por dois anos e a fiscalização ficará a cargo da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio.
 
EM CASO DE DESCUMPRIMENTO DA LEI
-         Advertência (15 dias para o infrator se enquadrar)
-         multa de 1.000 UPMs (Unidade Padrão Municipal), na reincidência
-         multa de 3.000 UPMs, na segunda reincidência
-         cassação do alvará, na terceira reincidência
 
IMEC- O gerente substituto Sandro Limberger disse que o Imec é totalmente favorável à iniciativa. "Este é o caminho para a conscientização das pessoas", disse o gerente. O Imec já desenvolve com sucesso um projeto de sacolas ecológicas com o slogan "Economize a Natureza, Ganhe Qualidade de Vida". O objetivo é fazer com que os clientes adquiram a sacola de pano e criem o hábito de sempre que forem às compras levá-la consigo, criando uma consciência de responsabilidade ambiental e reduzindo a quantidade de sacolas plásticas utilizadas nas lojas. As sacolas podem ser adquiridas nas 15 lojas da rede com as operadoras de caixa ao realizar compras no valor de R$ 50,00 + R$ 2,00. Estes R$ 2,00 arrecadados serão revertidos para uma entidade carente da cidade. Os clientes podem ajudar a escolher a entidade. Basta retirar junto ao caixa um papel e escrever o nome da entidade que gostaria de doar sua colaboração. A mais votada será a beneficiada.
 
LEHMA – O diretor comercial Mauro Ferla afirmou que a empresa vai cumprir a nova lei. "Não temos nada contra. Somos favoráveis a qualquer trabalho que envolva a preservação do meio ambiente e ainda sobre a coleta seletiva do lixo", disse o diretor. Mensalmente, o Lehma utiliza aproximadamente 50 mil sacolas plásticas de vários tamanhos.
 
FREY (Rede Super) – Everton Frey afirmou que a legislação será respeitada pelo Supermercado Frey. Atualmente, a empresa utiliza cerca de 40 mil sacolas por mês que são fornecidas pela Rede Super.
 
LENZ (Unisuper) – "Vamos cumprir a nova lei e estamos esperando apenas uma manifestação da administração quanto ao material que será impresso nas sacolas", disse o gerente Daniel Lenz. O estabelecimento utiliza aproximadamente 50 mil sacolas/mês, repassadas pela Rede Unisuper.
 
REDE VIVO – O gerente João Carlos Marques Oliveira informou que o supermercado já trabalha com informações impressas nas sacolas plásticas. "Precisamos apenas conferir se o diâmetro das nossas informações estão de acordo com a legislação. Em breve, a Rede Vivo lançará um projeto com sacolas retornáveis", revelou João Carlos.
Fonte: Renê Ruppenthal - Jorna Folha do Mate
 
 
Nota do Blog Biowilson: Mais uma vez Venâncio Aires se apresenta retrógrado aos princípios do desenvolvimento sustentável, pois até em países da África é proibido sacolas plásticas. Discutir como deve ser e o que deve ser estampado nas sacolas plásticas não resolverá o problema dos resíduos sólidos. Este ipo de medida deve ser a cortado pela raíz, assim, deve ser proibido, digo legislar, o uso de sacolas plásticas não-retornável em todo o comércio (leia mais em: Para onde vão os plásticos e Plástico amigo do meio ambiente)

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