sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Secretaria de Obras "recupera" pedreira do Cerro do Baú


A Secretaria Municipal de Obras realiza projeto de recuperação de área degradada na pedreira do Cerro do Baú. Através do plantio de mudas de espécies arbóreas nativas, a intenção é promover a revegetação de parte da área, assim como reconfigurar paisagisticamente o terreno que é explorado há mais de 30 anos.


O trabalho de renovação de licenças e pesquisa de novos terrenos aptos para extração mineral em Venâncio Aires está sendo coordenado pela geóloga Fabiane de Almeida. Atuando há três meses junto à secretaria municipal de Obras, a profissional explica que é intensa a busca por novos locais. "Queremos não apenas regularizar o trabalho de extração mineral no município, mas também efetuar uma extração ordenada e com controle efetivo, ou seja, modificar o terreno, mas de forma responsável", destaca.
Com relação à pedreira do Cerro do Baú, está em andamento o licenciamento ambiental para o funcionamento legal de extração e britagem que foi encaminhado à FEPAM. Posteriormente será solicitado o registro de extração junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). "Toda atividade de mineração modifica o terreno no processo de extração mineral. Além disso, o bem mineral não retorna mais ao local. No entanto, apesar de irreversível, já existe a possibilidade do terreno ser recuperado de forma aceitável, reconfigurando a área de modo que atinja características semelhantes à configuração original, anteriores a extração", completa a geóloga.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Venâncio Aires

Nota de Wilson Junior Weschenfelder:
O Cerro do Baú é um dos grandes passivos ambientais da prefeitura e que já vem sendo explorado a mais de 30 anos sem nenhum processo de recuperação o cuidados com o meio ambiente. Nos últimos anos vimos diversas implosões de rochas, distribuição de brita para particulares, invasão de área de terceiros e até leilão do britador por preço de banana.
No Cerro do Baú, além das lendas e histórias indígenas, o morro é um dosúltimos vestígios de arenito em Venâncio, ou melhor é o nosso aquífero Guarani aflorado. Lá temos inscrições indígenas e e furnas que, conforme relatos, poderia se caminhar por muito tempo nestas cavernas. Também temos espécies raras por lá como Figueiras e Maria-preta (Diospyrus inconstans), Tarumâ-branco (Cytarexylum myrianthum) e serelepes (Sciurus ingrami). Assim, com este passivo, que ná área ambiental já era desde 2003, quando venceu a licença ambiental, mesmo assim a prefeitura manteve a exploração irregular.


Agora vemos uma "ilusão de recuperação", ao meu ver, um gasto de dinheiro público com diversas falhas técnicas pois, como qualquer leigo conhece, não se planta árvores a não ser na terra, e no Cerro do Baú plantaram na argila, logo, todo o trabalho, ocusto financeiro e as mudas de árvores, irão morrer porque a argila não proporciona água e nutrientes. Também, de onde veio esta argila? Será que causaram um impacto ambiental em outro lugar para extrair esta argila e transferir para o Cerro do Baú?? Será que tinha licença ambiental?? A prefeitura não possui licença para extração de argila.
Outra coisa, procedimentos de recuperação de áreas degradas se planta as árvores sem padrões (imitando a natureza), sendo assim, em nenhum momento deveria se paracer como uma monocultura com plantios em linha. E será que foi respeitado as espécies de árvores que correspondem a fitofisionomia local, não acredito, até porque as possiveis espécies que poderiam se adaptar em solo mais argiloso não são as mesmas de solo rochoso que há no Cerro do Baú. Também não houve nemo respeitoa fitofisionomia no Parque do Chimarrão.


Assim vemos que temos muito o que mudar, aprender, implantar e se baixarmos a cabeça para os órgãos ambientais achando que sabem o que fazem, não será uma atitude sensato... tá aí uma prova.
Agora é só esperar quantas árvores viverão...



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Um comentário:

Guilherme disse...

Primeiramente, parabens Wilson pelo blog, eu não tinha conhecimento dele ainda...

Realmente um gasto do dinheiro público que com certeza não trará nenhum resultado satisfatório...dinheiro este que deveria ser investido com técnicas adequadas de recuperação do local...
Será que da mesma forma que divulgaram a "recuperação" do Cerro do Baú...irão divulgar quando for visto que tudo isso foi em vão??

Abraço