sábado, 22 de março de 2008

Pontos de venda registram grande movimento durante a feira de peixe

     O resultado das vendas nos três dias da feira do peixe nos diversos pontos ficou dentro das expectativas da Associação dos Piscicultores de Venâncio Aires (Apiva) e levantamentos preliminares dão conta que elas ficaram dentro da estimativa inicial. Conforme informado pelo presidente da Apiva, Lauro Kist, ontem ainda não havia como quantificar o volume de pescado comercializado na edição da feira deste ano, o que deve acontecer na próxima reunião da entidade.
     Roque Kipper, de Linha Hansel, foi um dos piscicultores que teve seu ponto de venda localizado no pavilhão de eventos São Sebastião Mártir e somente na quinta-feira, dia 20, vendeu mais de mil quilos de peixe vivo e eviscerado e com isto, já não dispunha mais peixe para comercializar ontem. Kipper confirma que vendeu a mesma quantia do ano passado e vendeu peixes parelhos, cujo peso ficou na média de quatro a cinco quilos. A exemplo de anos anteriores, o peixe mais procurado foi a carpa capim.
     Com seu ponto localizado na Comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro Gressler, Mauro Goerck, de Vila Arlindo, registrou um bom movimento durante todo o dia da quinta-feira e também na manhã de ontem. Comparando com as vendas do ano passado, segundo Goerck, eles foram menores e ele calcula que este ano giram em torno de 3 mil quilos, abaixo do ano passado, quando vendeu mais de 4 mil quilos. Situação idêntica registrou Nilson Ruaro, de Linha Tangerinas, que teve dois pontos de venda, um localizado no bairro Santa Tecla, nas imediações do posto de saúde, e o outro, no campo do 11 Unidos, no bairro União. Na quinta-feira pela manhã, as vendas foram boas, porém, à tarde, ficaram abaixo da expectativa. Ontem novamente foram boas.
 
Piscicultores chegaram a oferecer peixes com mais de 15 quilos
 
     VIGILÂNCIA SANITÁRIA
     Mesmo com alvará de licença, alguns piscicultores enfrentaram problemas com a Vigilância Sanitária para conseguirem comercializar seu peixe. A queixa dos piscicultores é de que o pessoal da Vigilância Sanitária complicou por causa dos peixes que estavam virados dentro das piscinas e com isso, estipulou um prazo de uma hora para que os piscicultores os retirassem das piscinas sob pena de terem o seu ponto de venda interditado. Esta atitude da Vigilância Sanitária irritou profundamente os piscicultores. "Isto mostra que o pessoal da Vigilância Sanitária não entende nada de peixe vivo, pois um peixe que está virado dentro da piscina está mais vivo do que nunca e perfeitamente saudável para o consumo," salientaram os piscicultores.
     Eles acrescentaram que muitos consumidores solicitaram que os peixes fossem abatidos no local da feira, o que facilitava levá-los para casa, porém, os piscicultores não puderam fazê-lo por impedimento legal. "Antes de querer apreender os peixes, a Vigilância Sanitária deveria escutar os consumidores e saber se eles preferem levar peixe vivo ou eviscerado para casa. Este pessoal deveria se preocupar com outras questões relativas à saúde e nos deixar trabalhar em paz."
 
Autor: Edemar Etges - Folha do Mate
________________________________
 
Nota do Blog: Vê-se que a segurança alimentar é prioridade para a Vigilância Sanitária, sendo esta uma fiscalização necessária para a saúde pública. Mas será que os piscicultores possuem o devido licenciamento ambiental??? E a despesca, está sendo realizado com a abertura do açude??? Estes dois questionamentos deveriam também ser prioridade porque um dos maiores problemas ambientais são a lerneose (crustáceo "vampiro") que foi introduzida pela atividade de piscicultura de carpas e a introdução de espécies exóticas (carpas) nos cursos de água naturais quando ocorre este tipo de despesca.


Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Nenhum comentário: