segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"O que se faz hoje no RS está longe de ser uma política ambiental"


O ambientalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Paulo Brack, avalia os 10 anos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e a falta de política ambiental que contribua com o desenvolvimento do Estado.

     Porto Alegre (RS) - A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) completa 10 anos de criação neste ano de 2009. A data já foi lembrada pelo governo estadual com algumas atividades, sem muita pompa e com pouquíssimos festejos. O ambientalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Paulo Brack, avalia que não há muito o que comemorar.
     Na entrevista a seguir, Brack comenta o desmonte da secretaria e a falta de uma política ambiental para o Rio Grande do Sul que preserve a biodiversidade e estimule o desenvolvimento local. Temas que deveriam ser tratados justamente pela Sema.

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Brack em reunião do Consema

Completados dez anos da Sema, há o que comemorar? A comemoração seria o surgimento da secretaria em 1999. No início, ela até teve uma proposta e uma estabilidade porque nos três primeiros anos teve um só secretário. A partir daí, as mudanças foram praticamente anuais. Temos entre 10 e 11 secretários desde o seu surgimento. Mas eu diria que a secretaria não foi implementada da maneira que deveria acontecer. Primeiro que quando ela surgiu, deveria ter tido uma estrutura de concursos para várias áreas, até mesmo para preencher lacunas que tivemos com o PDV entre 1996/1997 durante o governo de Antônio Britto. Naquela época ainda não havia secretaria, mas a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) sim, e dela muitos técnicos foram estimulados a sair. E muitos ainda continuam saindo da secretaria. Houve alguns concursos, mas o salário é muito baixo. O Departamento Estadual de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), que é uma área estratégica para a biodiversidade, também não teve o devido concurso e agora esta área está desfalcada. E é uma área muito estratégica para a conservação da biodiversidade, fiscalização e controle do desmatamento, para as licenças. E hoje a Fepam está sob a direção da Ana Pellini, que já demonstrou que entrou como uma interventora nomeada pela governadora para substituir outros diretores que tinham uma certa trajetória [no órgão]. Ana Pellini não tinha nenhuma trajetória, ela veio da Secretaria de Segurança Pública.

Qual é a sua opinião sobre a política atual da secretaria? Hoje nós estamos vendo um retrocesso imenso na Secretaria do Meio Ambiente. A inconstância política significa que a não-existência de uma política ambiental seja uma política. Ela corresponde a uma concepção que simplesmente a Sema tem que servir para liberar tudo que é tipo de obra. Quando se trata de obras do governo eles dão um jeito de dar licença e isso demonstra que temos pessoas com o intuito principal de licenciar obras custe o que custar - inclusive desrespeitando a lei, como a emissão de licenças-prévias sem estudo de impacto ambiental. Isso aconteceu em várias obras, inclusive nas barragens Jaguari e Taquarembó, no Rio Santa Maria, as grandes barragens do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] na Metade Sul. E que depois inclusive se descobriu irregularidades com empreiteiras e com o secretário de Irrigação, Rogério Porto. Essa pressa em dar licença algumas vezes ela também está ligada a fatos de irregularidades e de tráfico de influência. Infelizmente acontece isso. A questão das papeleiras aqui no Estado também foi emblemática. Elas [empresas] conseguiram desconstituir o zoneamento da silvicultura, que foi um estudo muito importante. Esse trabalho, por força das empresas de celulose, que queriam plantar mais de um milhão de hectares, não foi implementado como deveria. Infelizmente, a visão na Sema é uma visão imediatista, que despreza a conservação ambiental, não tem nenhuma visão estratégica que inclua a biodiversidade como elemento fundamental hoje para o Brasil. Nós somos um país megadiverso campeão da biodiversidade no mundo. E estamos destruindo tudo isso. Talvez o RS seja um dos estados que mais desrespeita a biodiversidade.

A municipalização das licenças ambientais é um avanço? A municipalização e a descentralização da área ambiental sem ter marco regulatório e com a estrutura mínima das prefeituras - e hoje a gente sabe que os municípios não têm condições – não é a saída. Eles estão terceirizando o trabalho de licenciamento. Nós estamos vendo que o meio ambiente é utilizado como moeda de troca para os municípios. Como o Estado, muitas vezes, não tem condições de dar recurso para as cidades ele permite, facilita essa habilitação para o licenciamento ambiental local. Como por exemplo os loteamentos. Mas na verdade, tanto o Estado não tem condições devido à falta de profissionais, como o município. O que verificamos é que os municípios estão terceirizando através de empresas que fazem o estudo de impacto local e depois a licença é dada.

O que deveria ser prioridade da Sema a fim de montar uma política ambiental para o RS? Para ter uma gestão qualificada, os técnicos têm que serem valorizados. Inclusive aqueles que têm muitos anos de carreira. Conheço alguns destes técnicos que hoje estão na "geladeira" por fazerem um bom trabalho. Fazer um bom trabalho dentro desta lógica imediatista não serve. Teria que fazer concurso para as áreas desfalcadas, atuar com o Ministério Público e fazer um planejamento a médio e longo prazo que incorpore a biodiversidade como elemento estratégico para o desenvolvimento. Na Metade Sul, por exemplo, a pecuária aliada com o turismo rural e árvores frutíferas poderia ajudar no desenvolvimento, desde que tivéssemos discussão com o povo local. A estratégia é reforçar a Sema e seus órgãos, com concurso público e melhoria salarial, ao mesmo tempo em que se discute desenvolvimento. O que se faz hoje no estado está muito longe disso.

Autora: Raquel Casiraghi, Agência Chasque - EcoAgência

Nota de Wilson Junior Weschenfelder
Em Venâncio Aires também não podemos dizer que existe um política ambiental. Desde a criação do Departamento de Meio Ambiente na Secretaria de Saúde em 1999, posteriormente transferido para a Secretaria de Agricultura e, em 2003, transformado o órgão ambiental em Secretaria, vimos o seu desmantelamento diversas vezes para colocar alguém compatível com a política partidária e não para "proteger o meio ambiente" que é seu dever legal. Nestes 10 anos de criação do órgão ambiental municipal encontramos a liberação de licenças ambientais irregulares para a construção em APPs e sobre cursos d'água; há um passivo ambiental na compensação florestal que, no ano de 2005, estava em 40 mil árvores; omissão e passividade na fiscalização ambiental onde fatos denunciados e apresentados formalmente ao órgão ambiental nunca foram verificados; toda a gestão ambiental dos resíduos sólidos é baseada no "amontoamento do lixo" onde se tira o saco da lixeira e se deposita em via pública; a usina de triagem de lixo polui sempre foi um problema e que acaba por poluir as águas subterrâneas com o chorume; há um cemitério junto a uma sanga que, quando dá enchente, leva pedaços de caixão e corpos sanga abaixo; a própria Prefeitura perfura poços artesianos sem licença, abandona outros e foi conivente com a distribuição de água com fluorose para a população; o órgão ambiental já emitiu diversas licenças autorizando o desmatamento; etc; etc; ...

Mais informações: O LICENCIAMENTO AMBIENTAL MUNICIPAL: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES/RS


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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Em que planeta estamos vivendo?


     Em certos momentos, no Brasil, tem-se a impressão de viver em outro mundo, desligado das realidades globais e até locais que nos cercam. É o caso neste momento.
     Para ficar só no noticiário das últimas semanas, soubemos, todos, que o Vale do Itajaí - castigado pelos terríveis desastres climáticos no fim do ano passado - recebeu agora, em 24 horas, um volume de chuvas equivalente ao total que costuma cair no mês de julho, já com novos deslizamentos de encostas e topos de morros (Estado, 2/8). A Região Metropolitana de São Paulo teve em julho o maior volume de chuvas em 66 anos, com prejuízos também em outras áreas do Estado, para as culturas de café, cana, laranja e outras. Em Goiânia a temperatura média em julho foi a maior desde 1937, 3 graus acima da média normal, segundo o Inmetro. E o Painel Internacional de Especialistas em Megacidades, Vulnerabilidades e Mudança Climática Global advertiu que esses aglomerados urbanos já estão sofrendo muito com a intensificação das mudanças, principalmente porque formam "ilhas de calor" que atraem eventos extremos (Agência Fapesp, 24/7) e favorecem inundações, deslizamentos, congestionamentos, disseminação de doenças, veranicos e secas mais intensos, reflexos no abastecimento de água, maior demanda de serviços de saúde por idosos, aumento do número de mortos em consequência da poluição do ar. Chamou-se a atenção até para o fato de a temperatura da cidade de São Paulo ficar cerca de 3 graus acima da observada em seu entorno com mais vegetação.
     Fora do Brasil, a Índia teve de novo dezenas de milhares de desabrigados por chuvas intensas e desmoronamento de barragem, as Filipinas enfrentaram problema semelhante, o Vietnã e a China passaram recentemente por dramas da mesma natureza, até a República Checa. O jornal The New York Times chegou a publicar capa informando que os índios camaiurás, do Xingu, estão sofrendo com mudanças climáticas, que tornam escassa sua alimentação.
     Nada disso, entretanto, parece influenciar a posição brasileira nas negociações em busca de um acordo para reduzir as emissões de gases poluentes que intensificam as mudanças do clima. No II Encontro de Jornalismo, Política e Clima, promovido em Brasília pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância e pela Embaixada da Dinamarca, o representante do Itamaraty reiterou que nosso país não aceitará em Copenhague, nas negociações de dezembro, compromissos obrigatórios para reduzir suas emissões, embora já esteja entre os cinco maiores emissores. E os argumentos são os que vêm sendo repetidos há mais de uma década: o compromisso primeiro e maior é dos países industrializados, que emitem mais e há muito mais tempo (o que é verdade); aceitar compromissos de redução significaria para os "emergentes" (como o Brasil) o risco de afetar o desenvolvimento econômico (depende do tipo de desenvolvimento). Além do mais, esses compromissos não estariam incluídos no "mandato combinado" para as discussões na Dinamarca. Os países desenvolvidos, sim, precisariam aceitar compromisso de reduzir suas emissões em pelo menos 20% até 2020 e 80% até 2050.
     Mas acontece que, nestas próximas décadas, os "emergentes" já estarão emitindo mais que os industrializados, embora estes continuem com taxas de emissão per capita maiores que as dos emergentes. E embora permaneçam perguntas complicadas, como a que faz a China: onde devem ocorrer as restrições ou taxações, no país que produz (e aí emite) ou no que consome (os EUA consomem 35% das exportações chinesas)?
     De qualquer forma, parece inevitável que, com a gravidade crescente dos problemas, os emergentes acabem aceitando metas proporcionais. E aí cabe lembrar que o Brasil apresentou em 1997 (quando foi aprovado o Protocolo de Kyoto) proposta de calcular a porcentagem que cabe a cada país na concentração de gases que já estão na atmosfera; e, em seguida, atribuir a cada país uma taxa de redução proporcional a essa contribuição. Isso é justo, possível e ficou de ser mais estudado.
     A representante do Ministério do Meio Ambiente no encontro, embora também mencionasse a tese de que compromissos de redução de emissões podem afetar nosso desenvolvimento econômico, admitiu que é preciso definir caminhos para evitar que a temperatura do planeta suba além de 2 graus (a Agência Internacional de Energia acha impossível não chegar a 3 graus). E considera indispensável que o País defina uma estratégia que inclua um desenvolvimento baseado em nova matriz tecnológica e energética, que reduza emissões (estudo da Unicamp/WWF, já citado aqui, mostra que o Brasil pode ganhar 50% em sua matriz energética com eficiência e conservação, repotenciação de usinas antigas e redução nas perdas nas linhas de transmissão).
     É preciso repensar tudo com rapidez. Nossas emissões dobraram em relação ao que eram em 1994, diz sir Nicholas Stern, ex-economista-chefe do Banco Mundial e consultor do governo britânico. Há um novo inventário brasileiro com base em 2004 em preparação. Que dirá? "O Plano Nacional do Clima não avançou" (editorial da Folha de S.Paulo, 28/7). Os produtores de etanol já dizem que a produção diminuirá na próxima safra (Agência Estado, 1º/8).
     Na próxima semana começa em Bonn mais uma reunião preparatória para a de dezembro (haverá outras em Bangcoc e Barcelona). O governo dos EUA, antes refratário a discussões, admite (Reuters, 31/7) que estão sendo e serão "cada vez mais devastadores" os impactos do clima na agricultura e em outros setores. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, lembra que sem a China não é possível chegar a acordo em Copenhague, mas o primeiro-ministro chinês não aceita compromissos. E o subsecretário-geral de Comunicação e Informação Pública da ONU, Kiyo Akasaka, adverte: o tempo para um acordo é cada vez mais curto (O Globo, 29/7). É preciso destapar os ouvidos.

Autor: Washington Novaes é jornalista - E-mail: wlrnovaes@uol.com.br
Fonte: REBIA Nacional / Estadão Online
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Venâncio em baixo d'água de novo


A chuva de sexta-feira (7/8) alagou Venâncio Aires novamente. Os pontos críticos são, principalmente, os locais ocupados e "autorizados" pela Prefeitura e pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - Fepam, para a construção de loteamentos em área naturais de inundação.

Veja as imagens:

Área alagada na vila Batisti e, ao fundo, as casas em APP

Área alagada no loteamento Artus

Área alagada na creche Closs

Área de inundação demarcada na enchente de 2003 com base num estudo de Colischon & Rauber (2004)


Fonte das imagens: Folha do Mate
Postado por: Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Venâncio possui um passivo ambiental referente às ocupações das áreas de inundação do arroio Castelhano. Problema maior é que muitos destes locais foram "autorizados" por órgãos que possuem o dever legal de não deixar que se construa em áreas de risco, como o caso dos órgãos ambientais, da Vigilância Sanitária e até do MP. Tão cedo isso não vai mudar porque na Vila Batisti, onde o loteamento foi construído até as margens do arroio Castelhano, tem sua área de preservação permanente ocupada (negligência do município), por onde escoa todo o esgoto da área urbana e do hospital, também foi construído sobre o antigo lixão, poderá ter um loteamento novo ao lado. É esperar para ver porque há a intenção e, como sempre, também é para acertar uma "dívida" da Prefeitura com o proprietário pois este sempre extraiu argila sem licença, em APP e onde a Prefeitura aterrou com lixo verde. É isso aí...



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Intoxicação de funcionários em grande empresa ainda é mantido sob sigilo


Já fazem quase duas semanas que em torno de 200 pessoas sofreram intoxicação numa grande empresa fumageira no município de Venâncio Aires. Até o momento nenhum órgão de imprensa veiculou esta notícia e nenhuma instituição pública informou sobre o fato.

No entanto, esta informação está sendo passada de boca em boca sendo que a principal preocupação seria a origem da intoxicação, água, alimento ou outro meio.

Vamos aguardar como desenrola este fato mas é preocupante...




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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Falta de fiscalização aos veículos de som está com os dias contados


     O excesso de volume nos veículos de propaganda, que atrapalha comerciantes, vendedores, trabalhadores e a comunidade em geral que transita pelo centro da cidade, terá fiscalização rígida. O trabalho de inspeção será feito pela equipe de Engenharia de Segurança no Trabalho da Administração Municipal, que já possui uma lei regulamentadora do serviço.
     Uma reunião entre o prefeito Airton Artus, o líder do governo no Legislativo, Telmo Kist, e o secretário de Meio Ambiente, Fernando Heissler, na manhã de ontem, 27, finalizou os últimos detalhes para iniciar o trabalho. O chefe do Executivo reafirmou o pedido de que a fiscalização seja rígida. "Há muito tempo buscamos compactar este serviço e começar a inspeção dos carros e motos que passam diariamente nas principais ruas do nosso município com o som exorbitante. Não somos contra as propagandas, mas queremos que estas empresas trabalhem dentro do determinado, cumprindo as regras e não mais perturbando as pessoas com o som alto", justifica.
     A regulamentação do nível de som consta na lei 3.215, que institui o Código de Posturas do Município. De acordo com Heissler, os níveis máximos de intensidade de sons e ruídos para os veículos de propaganda são iguais aos constantes das resoluções do Conselho Nacional de Trânsito. "Em zonas residenciais e residencias comerciais o volume não pode ultrapassar 55 decibéis no horário diurno e 45 no período noturno. Nas zonas mistas, comerciais e industriais, este volume altera de 70 decibéis durante o dia e 60 a noite. A medida busca garantir a qualidade de vida da comunidade, o controle do meio ambiente e o direito do cidadão do descanso, do lazer e da tranquilidade", explica.
     Para Kist, que havia organizado uma audiência pública em 2007 para tratar do assunto, a definição do trabalho é um grande passo. O prefeito, em conjunto com a equipe de governo e com o vereador, irá documentar a forma como serão punidos os veículos e as empresas que não respeitarem a lei. "A prefeitura possui uma equipe pronta para fazer fiscalização, contratada nos últimos meses. Agora, falta oficializarmos como será a punição, de que forma será feito este serviço e colocarmos em prática a regulamentação do volume do som", destaca.

Fonte: Folha do Mate
Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: A Lei que restringe a poluição sonora em Venâncio Aires já foi mais rigorosa, mas a alguns anos atrás, por causa de uma empresa que não conseguia se enquadrar, a Lei foi alterada (como as coisas são aqui). Outra situação, como é citado acima, é que a Lei 3215 intitui o Código de Posturas, mas na verdade é a Lei n° 2534/98 que institui o Código de Meio Ambiente e Posturas. Pelo visto só com a pressão da sociedade é que faz a fiscalização funcionar, se não ocorre isso nada é feito. Ainda tem que fiscalizar as empresas, oficinas, salões de festa, etc.


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Polícia fecha rinhadeiro em Mato Leitão e apreende arma e droga


Uma operação envolvendo Brigada Militar de Venâncio Aires, Mato Leitão e Patrulha Ambiental de Estrela flagrou um rinhadeiro em atividade, na localidade de Linha Santo Antônio, interior de Mato Leitão. A polícia chegou até o local depois que um homem foi baleado e informou que se dirigia ao local para ver as rinhas. Mais de 60 pessoas estavam no rinhadeiro e foram identificadas.


Nos arredores haviam veículos estacionados com placas de diversas cidades gaúchas e até do Paraná. Um velho conhecido da polícia do Rio Grande do Sul, apontado como um dos maiores galistas da região Sul, estava no local. Foram apreendidos um revólver, maconha, 47 galos de rinha e tudo o que existia no interior do galpão.
Mais detalhes é só olhar a Folha On-line do dia 25/07, página 24.


Fonte: Alvaro Pegoraro - Folha do Mate
Postado por: Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Será que este rinhadeiro era o mesmo de Ademar Fracalossi que foi preso em setembro de 2007 pela Polícia Federal, acusado de chefiar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas e que tinha ramificações em Venâncio Aires. Se for tem alguma coisa errada aí... será que só agora "descobriram esta festa". Falta agora fechar os existentes em Venâncio que não possuem esta estrutura toda mas, como concentram muita gente, é fácil saber onde esses rinhadeiros ocorrem.



terça-feira, 28 de julho de 2009

Arborização, uma questão de harmonia urbana*


Com o crescimento dos espaços urbanos tem-se mudado a paisagem natural para um aspecto artificial de plantas em convívio com o concreto. Mas um convívio harmonioso entre os equipamentos urbanos e a vegetação deve seguir padrões rígidos e pré-estabelecidos para se obter uma qualidade ambiental que produza conforto e bem-estar à população.

Desta forma, discute-se aqui, o projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores na última semana, que estabelece normas para a proteção e promoção da arborização no município de Venâncio Aires. Projeto que, além de ser uma cópia da legislação de Novo Hamburgo, não trata das questões pendentes com a arborização urbana e pública no nosso município.

Uma lei deve ser elaborada para regrar e regulamentar as deficiências na área em questão, seja por lacunas deixadas por outras leis ou por necessidade de melhorar e adaptar à questão local. Nesse caso, essas lacunas iniciam no Código Florestal Federal, quando se trata de Áreas de Preservação Permanente; no Código Florestal Estadual, quanto as espécies imunes ao corte e demais restrições; no Decreto Estadual n° 38.355/98, que regulamenta o manejo e a reposição florestal; na Lei federal n° 9.605/98 e no Decreto Federal n° 3.179/99, que regulamentam as sanções às más condutas; no Decreto Estadual n° 42.099/02, que define as espécies ameaçadas de extinção; e na Lei Municipal n° 2534/00 (Código de Posturas e Meio Ambiente de Venâncio Aires), que já contempla a arborização pública (árvores das calçadas e em espaços públicos) em alguns de seus artigos, mas que não estabelece critérios específicos para o manejo em área urbana (árvores em área privada), que é de responsabilidade do município.

Este projeto de lei, assim como está, não resolverá os problemas de manejo da vegetação em área urbana, pois uma Lei que proteja e promova a arborização não pode deixar de definir quais espécies de árvores devem ser plantadas, observado, principalmente, seu porte, suas dimensãos e suas características ecológicas; as espécies que não podem ser plantadas, conforme o potencial tóxico de suas folhas, flores e frutos e sua estrutura radicular; os espaçamentos e distâncias de objetos públicos e privados; locais e quantidades de mudas à serem replantadas quando houver necessidade de supressão; como também o tamanho e profundidade do canteiro. Apesar destas informações estarem no Plano Municipal de Arborização, elaborado pelos funcionários do órgão ambiental em 2000, este é um regramento que não tem poder de Lei.

Caso este projeto de Lei for aprovado, a arborização urbana ainda se constituirá um problema urbano, ainda mais quando aliado a intervenções ineficientes (podas irregulares e sem orientação técnica), falta de informações, capacitação e, também, pesquisa. Logo, muito dos conflitos com a arborização urbana são, naturalmente, o resultado da falta de planejamento e conhecimento técnico.

No entanto, já vivemos um momento de caos com a arborização desde o plantio excessivo e desordenado das tipuanas (Tipuana tipu) em Venâncio Aires. Esta atitude tem gerado um gasto público e privado altíssimo e não contabilizado, sendo que não houve planejamento ou assessoria de pessoal capacitado para tal, pois vemos tipuanas plantadas em baixo da rede elétrica, ao lado de postes e bueiros, em esquinas e em locais com pouco espaço para o seu desenvolvimento.

Também se observa que as reposições de pós-corte das árvores públicas, quando acontecem, ainda estão sendo realizadas com espécies impróprias como o ficus (Ficus benjamina e Ficus auriculata) e tipuanas e outras árvores com estrutura radicular de alto poder destrutivo, que, com certeza e é questão de tempo, causarão a obstrução da rede de água e esgoto, quebra da calçada, muros, paredes e do meio-fio, problemas na rede elétrica e telefonia, obstrução da iluminação pública, risco ao trânsito de veículos e de pedestres, gerando problemas ao município e à população.

Assim, espero que este projeto não seja votado e, sim, reelaborado para o município de Venâncio Aires, pois um projeto de arborização deve-se observar uma série de fatores físicos, químicos, biológicos, ecológicos, urbanísticos e, também, levar em conta o aspecto cultural da população e suas necessidades. Espero, também, poder ver plantadas espécies nativas como camboatá, chal-chal, tarumã, cambará, pitangueira, guabiju, uvaia, araçá, capororoca e muitas outras em plena integração urbana e ecológica, mantendo a harmonia fitossociológica e a fitofisionomia natural, ou seja, plantar as árvores que ocorrem naturalmente na nossa região.

Wilson Junior Weschenfelder
Biólogo
Especialista em Licenciamento Ambiental
Doutorando em Desenvolvimento Regional
*Texto publicado no jornal Folha do Mate em 16 de outubro de 2007

Crescimento 'versus' Desenvolvimento*


Nas últimas décadas o paradigma de que o crescimento econômico geraria melhores condições de vida e renda para a sociedade contemporânea não se concretizou. Até mesmo os índices como o PIB (Produto Interno Bruto) e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ao longo do tempo, demonstraram não condizer com a realidade e apresentam falhas em vários aspectos, corroborando com a premissa de que crescimento não é desenvolvimento.

Crescimento está associado às questões econômicas onde, em muitos casos, a elevação da renda ocorre somente para uma minoria enquanto a maioria acaba por se tornar mais pobre. Isso ocorre porque o lucro, quase sempre, é investido em tecnologia e inovação e, consequentemente, ocorre o descarte da mão-de-obra e eleva os níveis de desemprego.

Desenvolvimento é muito mais amplo e trata, além da melhora da renda, de amenizar as desigualdades sócio-econômicas, de acesso à saúde e educação de qualidade, de habitações condizentes, de segurança pública, de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, de cultura e lazer, de cidadania, e outros, como também de liberdade. Desenvolvimento é um processo de mudança quali-quantitativamente, é fortalecer as relações sociais, éticas e responsáveis com intuito de construir uma sociedade melhor, justa e igualitária.

Um exemplo prático decorrente disso é o crescente uso da pavimentação asfáltica com a finalidade de fazer um município "crescer". Asfaltar é investir sem retorno porque, como se sabe, além do seu custo elevado, seu real benefício é quase nulo quando verificamos os diversos problemas que ele acarreta. O asfalto é um derivado do petróleo gerado após diversos processos altamente poluidores na extração e no fracionamento; promove a impermeabilização do solo e contribui para o aumento das enchentes; gera a elevação da temperatura local por absorver o calor solar; facilita incidentes e acidentes de trânsito; não gera empregos diretos e indiretos aos munícipes; não estimula a economia local; e colabora com a evasão de divisas públicas.

Entretanto, se a intenção é promover o desenvolvimento de um município, aliado a uma visão de sustentabilidade, uma possibilidade para reverter esses problemas seria a pavimentação com o uso de bloquetes de concreto. O impacto desta forma de pavimentação seria, basicamente, o inverso se fosse realizado com asfalto, mas com retorno sócio-econômico e ambiental muito superior.

Em primeiro lugar, como há uma demanda por pavimentação para ruas, calçadas, ciclovias, estradas intermunicipais e, no nosso caso, até para a RS-422, se a pavimentação fosse realizada com bloquetes desencadearia uma oferta de empregos desde a sua produção até sua colocação, geraria empregos na extração dos bens minerais empregados, no transporte e até na construção e manutenção dos moldes metálicos. Essa mudança apoiaria toda a cadeia produtiva dos setores envolvidos.

Outro caso, se pensarmos em desenvolvimento, é referente ao altíssimo valor gasto para que o lixo seja recolhido e transportado ao seu destino. Analisando melhor este modelo podemos observar que poucos empregos são gerados, não há estimulo para a economia local, o serviço é ineficiente e deixa muito a desejar nos quesitos de limpeza, higiene e poluição de forma ampla.

Assim, se houvesse interesse público ou mesmo interesse de empresas locais, este problema poderia ser revertido em benefício de um serviço de qualidade com geração de um número superior de empregos se fossem adotadas certas medidas. Como exemplo, poderia ser previsto, na elaboração dos editais de licitação, que a coleta de lixo fosse realizada por setores, o que tornaria as áreas menores e viabilizaria a participação de empresas locais; que a coleta ocorresse simultaneamente com a exigência de pontualidade o que inibiria que empresas de outros municípios participassem; que fosse realizada a fiscalização da qualidade do serviço prestado e o controle da poluição; etc.
Estas medidas favoreceriam a participação de empresas locais, gerariam muito mais empregos e incentivariam uma nova cadeia de prestação de serviço promovendo o desenvolvimento municipal.

Sob este novo olhar, há a necessidade de empenho, planejamento e organização para que se possa alterar o sistema tradicional imposto. Também, demanda que a sociedade e os empresários locais tenham interesse nesta "fatia do bolo", bem como o interesse do cidadão em participar, discutir e opinar sobre os assuntos públicos já que, muitas vezes, não ocorrem audiências públicas e nem envolvimento político para debater certas questões.

O caminho para o desenvolvimento é árduo e sinuoso, mas se não há interesse ou se os "interesses" são outros, estaremos transferindo o bem-estar social para um futuro distante. Enquanto não tivermos um pensamento amplo, não inovarmos ou não colocarmos o "bem público" em primeiro lugar, muito do que é realizado se torna perda de tempo e de dinheiro. Decisões importantes e de impacto são necessárias e, quem sabe, com um município limpo, organizado e com um bom desenvolvimento socioeconômico as portas possam se abrir para novos investimentos e, assim, iniciar-se um novo ciclo de desenvolvimento.

Wilson Junior Weschenfelder
Biólogo
Especialista em Licenciamento Ambiental
Doutorando em Desenvolvimento Regional – Unisc
*Texto publicado no jornal Folha do Mate em 28 de julho de 2009


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Por um meio ambiente equilibrado a todos*


Nos últimos anos, assuntos como o aquecimento global, produtos transgênicos, clonagem, desmatamentos e poluição são frequentemente ilustrados nas páginas dos jornais, revistas e na televisão.

Vemos, no cenário nacional, o grande embate entre a ala ruralista e a ala "ambientalista". Um tenta derrubar as leis ambientais para aumentar o desmatamento na Amazônia e ignorar os passivos de anos de exploração, enquanto a outra tenta salvaguardar os resquícios de florestas existentes no Brasil e busca um meio ambiente equilibrado como impõe a Constituição Federal.

No cenário regional, nos deparamos, atualmente, com a discussão sobre a Reserva Legal e os cuidados com as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Enquanto algumas classes, como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), são a favor da manutenção destas áreas protegidas, "outros" demonstram a total falta de conhecimento e tentam, de muitas formas, inviabilizá-las.

A Reserva Legal e as Áreas de Preservação Permanente são extremamente importantes pois servem para a manutenção do equilíbrio ecológico e para o futuro das próximas gerações, bem como são extremamente importantes para o microclima local; para a infiltração das águas da chuva e o reabastecimento dos aqüíferos e cursos de água; auxiliam na qualidade dos solos e do ar; abrigam e alimentam os animais; mantêm e protegem o estoque genético da flora e fauna. Enfim, geram benefícios diretos e indiretos para a melhora da qualidade de vida de todos os seres vivos.

Nesse debate, vemos que a intenção de alguns em beneficiar os agricultores que necessitam reflorestar as áreas protegidas está criando um impasse ideológico e, pior, criará problemas futuros para toda a sociedade. Entende-se esta preocupação com os agricultores, mas temos que entender que o desenvolvimento sustentável, fomentado pelos "ambientalistas", não pode ser descartado.

Para tal, temos que entender que as premissas que embasam as "áreas protegidas" são responsabilidades assumidas internacionalmente pelo Brasil na Convenção Ramsar, em 1971, na Convenção de Washington, em 1940, na Convenção da Biodiversidade, em 1992, bem como nos compromissos derivados da Declaração do Rio de Janeiro, a Eco-92, e quebrar estas convenções poderá trazer prejuízos diversos ao País em questões internacionais. Assim, em vez de destruir o que resta ou recuperar o que falta, devemos pesquisar e buscar alternativas para reverter este problema.

Uma proposta para propriedades com problemas em cumprir com a Reserva Legal seria fazer a compensação em outra área com a responsabilização do Estado, pois como estas áreas têm função sócio-ambiental, estas não podem onerar o agricultor. Desta maneira, o Estado poderia criar grandes áreas de proteção ambiental, concentrando diversas reservas legais beneficiando o meio ambiente, uma vez que grandes áreas protegidas favorecem a vida dos grandes mamíferos e os processos ecológicos, inibe a reprodução entre parentes na fauna e na flora e elimina o efeito borda. Em Venâncio Aires, se fosse criada uma área de proteção ambiental nas nascentes do arroio Castelhano e a jusante, poderia ser um bônus para o abastecimento de água e para as atividades associadas à preservação, como o turismo ecológico.

Em relação às Áreas de Preservação Permanente, que devem ser protegidas e como também são consideradas de interesse público, deveriam ser adquiridas pelo Estado para que o agricultor não fosse punido por possuir esta faixa de vegetação em sua propriedade e passe a ver estas áreas como essenciais à sociedade e de importância sócio-ambiental.

Assim, entende-se que, antes de levantarmos as bandeiras do interesse privado, temos que considerar as questões de interesse público e cobrar para que as instituições públicas e a sociedade assumam suas responsabilidades e busquem alternativas em prol de todos. Se estas áreas são de "interesse público", o Estado deveria assumir esta responsabilidade.

Esta reflexão demonstra que as questões ambientais, mesmo sendo essenciais à sociedade, são tratadas, muitas vezes, com desrespeito às futuras gerações. Esta crítica também se faz a todas as instituições que se omitem num tema primordial. Por isso ainda vemos os arroios sobrecarregados de esgotos, desmatamentos, favorecimento de licenças ambientais, inobservância dos princípios do direito ambiental, da democracia, limite, responsabilidade, precaução, prevenção, etc., e assim, no futuro, não passarmos mais uma Semana do Meio Ambiente esperando por soluções.


Wilson Junior Weschenfelder
Biólogo
Especialista em Licenciamento Ambiental
Doutorando em Desenvolvimento Regional/Unisc
*Texto publicado do jornal Folha do Mate em 6 de junho de 2009


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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Moradores do bairro Macedo ameaçam não pagar IPTU

Moradores do bairro Macedo voltaram à redacão da Folha do Mate. Dias atrás, reivindicaram a reforma da rua, onde há diversos pontos sem calçamento, e a colocação de canos em uma área que passa nos fundos das casas. Na época, o secretário de Obras, Irineu Bogorny, informou que havia projeto para, possivelmente, asfaltar a 'Rua do Cemitério', corno é denominada, e que os canos seriam colocados assim que a máquina estivesse disponível.
Se passaram duas semanas, os moradores falaram novamente com o secretário, e a situação, segundo relataram, segue inalterada. Por isso, IPTU até que condições e a canalização pronta. "Não aguentamos mais ratos, mosquitos e outros animais entrando ern nossas casas ", reclamam.

Foto da Folha do Mate

Fonte: Folha do Mate - 09/12/2008 p.14
Postado por Wilson Junior Weschenfelder
Nota do Blog: LEGALMENTE o Secretário de Obras não pode determinar que um curso de água seja canalizado porque antes disso esta obra (por ser em área de preservação permanente - Lei Federal n° 9.605/98) ela dever ser autorizada pelos órgãos ambientais competentes, neste caso pela SEMMA com anuência do DEFAP e do CONDEMA. Desta forma, como o Secretário de Obras já tinha citado no jornal Folha do Mate de 27/11, pg. 2, que será canalizado "assim que a máquina estiver disponível", ele demonstra não haver conhecimento da legislação ambiental em vigor. Agora esperaremos se esta canalização seguirá os trâmites legais ou será no "peito" mesmo, apesar que a canalização é para inibir "ratos, mosquitos e outros animais" (relato da comunidade), o problema não se resolverá com a canalização, ela somente encobrirá o problema. O problema é a falta de fiscalização, pois o esgoto sanitário deve ser tratado com fossa séptica individual, com disposição final do efluente em sumidouro, conforme NBR 7229/93 da ABNT, sendo assim, isso não está sendo cumprido como a legislação ambiental determina.
Foto do curso de água onde pretende-se canalizar



Cavalos carregam o peso dos maus-tratos

     Para muitos o expediente mal começou, mas a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) já se prepara para averiguar mais uma denúncia de maus-tratos contra animais. Na kombi do Município, a bióloga Mariana Faria Correa, o fiscal Marcos Fischer e o estagiário Jander Deitos atravessam a cidade e seguem rumo à zona rural, onde mais um cavalo estaria sofrendo com a negligência dos donos.
     Ao lado de uma casa simples, a equipe percebe um cavalo pastando. De longe, à primeira vista, o animal parece bem. Depois de passar por dois cachorros, que ameaçam a todo o momento avançar sobre os profissionais, eles conseguem chegar perto do animal. Em suas costas, percebe-se duas grandes feridas, em "carne viva", que parecem tocar a coluna. Os machucados foram causados pelo uso inadequado e excessivo de carroça, instalada sem proteção no dorso do cavalo.
     Na modesta casa ao lado do amplo gramado onde o animal pasta, está sentado à porta o dono do animal. Dentro de casa, sua esposa aproxima-se da saída para ver o que acontece. Eles explicam que usam o cavalo para recolher materiais recicláveis e dizem saber que não é possível trabalhar com o bicho machucado daquela jeito. Mas a necessidade obriga. De acordo com o homem, logo planejam comprar outro animal, mas por enquanto eles não têm escolha. Sem o cavalo, não conseguem ganhar dinheiro para se sustentar.
     Felizmente dessa vez o cavalo não corria risco de vida e a Semma apenas notificou os proprietários a comparecerem na secretaria. Depois de fazer isso, a equipe passa a monitorar se os donos do animal estão tratando-o adequadamente. Caso o bicho não melhore, o Município pode até apreendê-lo e nomear um fiel depositário.
     No entanto, a apreensão é aplicada apenas em casos extremos. Isso porque o Município não dispõe de local adequado para abrigá-los. "O que se tenta é deixar o animal com o proprietário, responsabilizá-lo pelo cuidado com o animal e acompanhar isso. Mas, de qualquer maneira, sendo maus-tratos um crime previsto em lei, são tomadas as providências legais e encaminhados relatórios ao Ministério Público (MP) para apuração da parte criminal", explica a bióloga da Semma, Mariana Faria Corrêa.
     Em circunstâncias mais graves, diz a bióloga, a secretaria solicita ainda apoio da Brigada Militar para averiguar a situação e garantir que a equipe possa proceder as medidas adequadas. Além disso, a Semma pode trabalhar em parceria com outros setores da Prefeitura. Exemplo disso aconteceu no início de outubro, quando em uma averiguação a equipe encontrou um cavalo deitado dentro de uma vala. De tão fraco, o animal sequer conseguia se levantar.
     Depois de prestar os primeiros atendimentos com o auxílio do veterinário da Secretaria de Agricultura, Alexandre Costa Dotto, notificar o dono e orientá-lo sobre como cuidar do cavalo, os profissionais deixaram o local. No dia seguinte, quando retornaram para verificar a melhora do bicho, perceberam que ele estava ainda pior. O animal foi então levado para uma cocheira no Parque Municipal do Chimarrão, onde recebeu comida, água e medicamentos. Devido ao seu estado grave, o animal acabou morrendo e o caso foi encaminhado ao MP. "Aquilo foi uma medida extrema, o animal estava morrendo. Mas a Prefeitura não tem pra onde levar esses animais, nem condições de tratá-los ou o que fazer com eles depois que eles se recuperarem", diz Mariana.
 

Equipe da Semma encontrou cavalo com as costas feridas pelo mau uso da charrete.

 
     Animais precisam de cuidados simples
     O veterinário da Secretaria Municipal de Agricultura, que acompanha com a Semma as verificações de denúncias mais graves de maus-tratos, explica que um cavalo exige alguns cuidados básicos, como alimentação adequada, água e descanso. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, só pasto não é suficiente para um animal que faz muito esforço, como os utilizados para puxar carroças e charretes. Além de pasto ao longo do dia e bastante água, os bichos precisam de ração, pois gastam muita energia.
     Conforme Dotto, os cavalos necessitam bastante água, inclusive enquanto são utilizados para trabalhar. "Tem que fornecer ração, porque um animal desses está sempre fazendo esforço, e água. Ele não pode ficar uma manhã inteira sem se alimentar", exemplifica. Por dia, um cavalo deve consumir entre 2 e 3% do seu peso em alimentos. A metade desta quantia deve ser de alimentos concentrados, como rações balanceadas ou misturas de grãos de cereais, e a outra metade deve ser de volumosos, como alfafa e pasto verde. Um cavalo de 400 quilos, por exemplo, com alto nível de atividade física, deveria consumir aproximadamente seis quilos de alfafa ou 20 quilos de capim verde e entre dois e seis quilos de ração, dividas em duas ou três refeições por dia. Estas indicações, no entanto, podem variar conforme o esforço a que é submetido.
     Outro ponto importante de se observar é o período de trabalho do animal. Conforme o Código Estadual de Proteção aos Animais, o cavalo não pode ser utilizado tracionando um veículo, ou seja, puxando carroça, por mais de seis horas ininterruptas, sem que seja fornecido a ele alimento e água na quantidade e qualidade necessárias. O documento também proíbe fazer o animal viajar a pé por mais de dez quilômetros sem lhe dar o descanso adequado.
     Os proprietários também não devem colocar muito peso na carroça. Do mesmo modo, quando o cavalo se machuca ou adoece, ele deve ser primeiro curado, para só depois voltar ao trabalho. O veterinário aponta que dispor de uma cocheira não é imprescindível, mas o cavalo deve ter à disposição um local onde possa se abrigar da chuva, preferencialmente em um terreno onde ele também possa pastar.
     Dotto acredita que os problemas mais comuns verificados em cavalos são fadiga, desnutrição e machucados, causados principalmente pelo trabalho excessivo. Para ele, a solução seria a criação de uma lei municipal regulando o uso de cavalos e determinando punições para os casos de maus-tratos, assim como a construção de um local para receber e tratar animais apreendidos pela Prefeitura. "Quanto aos carroceiros, sugiro a conscientização dos mesmos quanto a cuidados com alimentação, saúde dos animais e maus-tratos, através de palestras. Não sou a favor da proibição da circulação de carroças, mas sim a favor de uma regulamentação, conscientização e fiscalização", defende.
 
     CENTRO DE ZOONOSES
     O médico veterinário Ricardo Strohschoen, que atualmente tem um convênio com a Prefeitura para receber e tratar em sua clínica dez cachorros de rua por mês, acredita que a solução para o problema seria a construção de um centro de zoonoses. O local, explica, receberia todos os animais recolhidos pelo Município, como cães e cavalos. Strohschoen explica que quando atuou na Vigilância Sanitária, no início da década de 90, a Administração tinha a intenção de instalar o centro junto à Escola Agrícola Wolfram Metzler. Isto possibilitaria, além de um local para receber os animais, um aprendizado para os estudantes, principalmente sobre bem-estar animal.
     O veterinário ressalta que hoje um dos maiores problemas com relação aos cavalos no município diz respeito aos mau-tratos ou à negligência de alguns papeleiros que os utilizam para trabalhar. "Eu inclusive já fiz várias eutanásias de animais que estavam em decúbito", diz o veterinário, explicando que quando o cavalo não consegue levantar, em geral ele acaba morrendo ou tendo de ser sacrificado devido ao estado de saúde.
 
 


Denúncia levou secretaria até um cavalo que sequer conseguia levantar (Divulgação/Semma)

 
     LEGISLAÇÃO
     O Município proíbe, na Lei nº 2534, de 29 de dezembro de 1998, que instituiu o Código de Meio Ambiente e de Posturas, a criação de animais de grande porte na área urbana. Mas no Capítulo VI há considerações sobre a proteção aos animais domésticos, entre os quais os utilizados para o transporte de carga, como os cavalos. A lei proíbe o transporte de carga ou passageiros com peso superior ao suportado pelo animal, bem como utilizar para trabalho bichos doentes, machucados, cansados ou aleijados. No município, também é proibido utilizar animal para trabalho por mais de oito horas contínuas sem descanso e mais de seis horas sem água e alimento apropriados, bem como deixá-lo sem comer ou beber por mais de 12 horas. Abaixo, algumas determinações do documento.
 
     Lei Municipal nº 2534.
     Capítulo VI. Da proteção dos animais domésticos
Art. 82 - É expressamente proibido maltratar animais ou praticar atos de crueldade contra os mesmos, especialmente:
I. transportar carga ou passageiros, em veículos com tração animal, de peso superior às forças deste;
II. montar animal que já tenha carga suficiente;
III. fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos ou extremamente magros;
IV. abandonar, em qualquer ponto, animais doentes, extenuados, enfraquecidos, feridos ou mortos;
V. martirizar animais para que alcancem esforços excessivos;
VI. amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, ar, luz e alimentos;
VII. usar instrumentos capazes de provocar ferimentos para estímulo e correção de animais;
VIII. empregar arreios que possam constranger, ferir o animal ou sobre feridas e contusões;
IX. obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 08 (oito) horas contínuas sem descanso e mais de 06 (seis) horas sem água e alimento apropriado;
X. praticar qualquer ato que acarrete violência e sofrimento ao animal
 
Autora: Rozana Ellwanger - Folha do Mate
Postado por Wilson Junior Weschenfelder
 
Nota do Blog: Venâncio Aires tem este "passivo ambiental" com os animais não havendo qualquer trabalho preventivo contra os maus tratos e, mesmo após o animal ser violentado, raras vezes ocorre o procedimento para resguardar a saúde deste animal. Esta falta de visão de saúde pública (no caso dos cachorros abandonados) ou de violência e proteção dos animais (silvestres ou domésticos) não é uma questão que aparece em pautas de discussões públicas, pois não gera votos e porque nossos governantes não possuem uma visão sistêmica de qualidade de vida ou de país desenvolvido, por isso e por outros tantos, somos e seremos de terceiro mundo.


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domingo, 7 de dezembro de 2008

História de caçadas em Venâncio Aires contada por Otto Dick

     Os melhores e mais faceiros visitantes em Boa Vista sempre foram os caçadores que, a partir dali. percorriam o mato. Caça ainda era muito abundante. Havia de tudo que um caçador desejava; antas, onças, capivaras, veados, pumas e outros, além de micos e bugios que ainda se sentiam como "donos do campinho". Vários caçadores dedicados consideravam Boa Vista como zona de caça permanente; entre eles, em especial, deve ser mencionado Martin Niedermayer, que ainda hoje reside em Mato Leitão.
     Infelizmente, não é possível relatar aqui todas as aventuras de caçadas que se contavam seguindo o lema: "Quem é portador de uma licença de caça está dispensado da obrigação de falar a verdade". Aqui até se contavam tais histórias sem o referido documento quando, por exemplo, se falava de cobras gigantescas ou de cavalgadas em cima de antas ou outras "aventuras" deste gênero. Deixemos, somente, que Martin Niedermayer nos conte a última caçada de onça: "Sempre mais se espalhava a notícia de que não demoraria mais muito tempo até que se começaria a derrubar, também, o mato dos Leitão. A nós caçadores isto não agradava, mas então queríamos, ao menos, abater a última anta que ainda vivia naquele mato. Com Ferdinand Groth cavalguei em direção a Boa Vista. Chovia torrencial antes de alcançarmos o abrigo do mato, o que, no entanto, não nos fez desistir. Tínhamos penetrado na floresta até o local onde hoje se encontra a capela escolar evangélica, quando os cachorros passaram a acuar na direção do sul - lá onde, mais tarde, R. Rehsler comprou suas terras. Groth deveria verificar o que era e espreitar na trilha que seguia para o Arroio Grande. Por muito tempo estive parado sozinho na chuva. Apenas, de vez em quando, ouvia o latido dos cães. O que estaria acontecendo por lá? Nenhum tiro, nenhuma noticia. Teria acontecido um acidente? Um bom tempo demorou até que alcancei aquele local, quando, de imediato, me deparei com a surpresa: uma onça de médio tamanho lutava ali com os nossos oito cachorros no meio das taquaras do mato. Apenas 6 metros me separavam da fera, mirei e — por duas vezes as espoletas falharam — a arma não disparou. Naquele momento, Ferdinand Groth gritou: "Cuidado, compadre, e um tigre, não é anta!"; Ele estava parado em cima de um angico desenraizado que estava pendurado inclinadamente nos galhos de outras árvores, aproximadamente 8 pés acima do campo da luta. Sem demora também cheguei lá em cima. Pólvora e papel estavam espalhados pelo chão e, mais uma vez, ele tentou fazer com que sua espingarda de carregar pela boca disparasse. Um trabalho perigoso em que o auxiliei o quanto pude.
 
 
     Três vezes ainda as espoletas faiscaram, mas a pólvora molhada não explodia. Lá embaixo, a luta continuava: os oito cães davam trabalho para a onça, mas esta causava sérios ferimentos em seus inimigos. Cada vez mais freqüentes se tomaram os gritos de dor da matilha. "Temos que dar um fim nisso, se não quisermos perder todos os cachorros";, eu disse - bons cães de caça, naquele tempo, eram muito mais raros do que hoje. Descemos até o chão e Ferdinand Groth cortou uma vara de cedro novo e lentamente nos aproximamos do bolo selvagem de animais em luta e passamos a observar a situação, então surgiu um momento favorável. Um cachorro grande tinha atacado a fera pelo pescoço, porem já os dentes desta afundavam nas costas do valente adversário e demoliam ruidosamente os seus ossos. Um salto ousado e uma forte paulada acertou a cabeça da onça, que, cansada pela longa lula, cambaleou, e entã eu cravei quatro vezes a minha longa faca de mato no corpo do bicho, segurando o seu rabo com a mão esquerda. E assim expirou a última onça de Boa Vista.
 
 
     Pouco tempo depois, também foi abatida a última anta. Por algumas vezes ela já tentara abandonar a ilha de mato onde ainda se mantinha e, depois de várias tentativas frustradas de caçá-la, encontraram-se numa segunda-feira os quatro mais antigos caçadores da região: Ferdinand Groth, Karl Franke, Fritz Martins e Martin Niedermayer. Às 10 horas da manhã, começou a perseguição pelos cachorros. Por diversas vezes a anta tentou furar o cerco, mas os dez cães não o permitiram. Em forma de grandes círculos, a perseguição se prolongou por lodo o dia, até que, finalmente, à noite, na beira do Arroio Grande -- nas terras que mais tarde seriam de Peter Kirch -, Martin Niedermayer. que ali se havia colocado de tocaia, conseguiu atirar no exato momento em que a anta se jogava na água numa noite de lua clara. Foi a décima oitava e última que M. N. abateu no mato dos Leitão e, com isso, terminava aqui, também, a caça a animais silvestres de porte. Até 1928 ainda se ouviam os macacos no morro e na direção de Sampaio.
 
Referência:
DICK, Otto. História de Mato Leitão. Mato Leitão. 1999. p.25-27.
Nota do Wilson: Mato Leitão, até 20 de fevereiro de 1992, era território do município de Venâncio Aires.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Reivindicação: "Queremos asfalto, chega de poeira"

     Não é de hoje que os moradores da estrada que liga o acesso a Grão Pará à Linha 17 de Junho reclamam das condições da estrada e pedem soluções. Só que agora a reivindicação está mais organizada. Um empresário confeccionou algumas faixas e, com autorização dos moradores, colocou-as em diversas propriedades. Nelas, estão estampadas a seguinte frase: "Queremos asfalto. Chega de poeira e barro".
 

Caminhões carregados com cascalhos passam pela localidade e seguem até a RSC-453

 
     A estrada está em boas condições. O que mais irrita os moradores é a poeira e o barro. A situação é agravada pelo intenso tráfego de veículos pesados. Grande parte representada pelos caminhões caçamba que buscam material em uma propriedade em Linha Olavo Bilac e levam até uma britadeira, em Santa Cruz do Sul. "Todos os caminhões passam por aqui e depois vão até a RSC-453 e rumam para Santa Cruz", denuncia um morador, que prefere não se identificar.
     Um dona de casa, que há mais de 50 anos mora na localidade, diz que a situação está insuportável. Ela e todos os outros moradores mantêm as portas e janelas fechadas o dia inteiro por causa da poeira. E mesmo assim, reclama, tem que tirar pó dos móveis todos os dias. A aposentada, que prefere ficar no anonimato, menciona que tem até dificuldades para dormir. "Parece que o nariz está cheio de poeira e fica até ruim para respirar", observa.
     O secretário de Planejamento, Júlio Spies, declarou ser justa a reivindicação dos moradores. No entanto, referiu que no momento a Prefeitura está fazendo a recuperação do asfalto até Vila Palanque e que, de imediato, não há projeto para o trecho solicitado.
 

Empresário mandou fazer e distribuiu faixas entre seus vizinhos, que aderiam ao protesto

 
Autor: Alvaro Pegoraro - Folha do Mate
 
Nota do Blog: "Esta situação é bem simples de resolver: 1ª) se a área de extração do mineral não tiver licença ambiental deve ser autuada e embargada pelos órgãos ambientais; 2ª) se possuir licença ambiental, a atividade de deslocamento do material mineral também deve ser contemplado no processo de licenciamento determinando alguma forma de isdso não ocorrer, porque a atividade não pode causar impactos ambientais (ao meio ambiente e aos seres vivos), sendo assim, de qualquer forma, há omissão dos órgãos responsáveis em tomar as devidas atitudes legais".


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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Venda de imóvel com "poço artesiano"

     O Legislativo de Venâncio Aires autorizou no dia 26/05, através do Projeto de Lei n° 076/2008, o Executivo a alienar um terreno de propriedade do município, onde funcionava um poço de abastecimento de água utilizado pela Corsan, O imóvel, de 363 metros quadrados e localizado na rua Júlio de Castilhos, está avaliado em R$ 37.130,00.

Fonte: jornal Folha do Mate (24/05/08)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Em relação ao Projeto de Lei  n° 076/2008, o município não pode vender um imóvel com um poço artesiano (mesmo inativo) sem antes proceder todas as medidas técnicas e legais (em conformidade ao disposto no Artigo 32 e parágrafo único do Decreto Estadual nº 42.047/2002) descritas no Termo de Referência Para Tamponamento de Poços.

Tratando-se da questão de perfuração de poços artesianos (onde Venâncio possui uma enorme quantidade de poços irregulares), de como o município de Venâncio Aires está fora do aqüífero Guarani (possui somente alguns pequenos lençóis freáticos onde alguns já estão contaminados com esgotos e outros com excesso de flúor) e da regularização dos poços artesianos existentes, o Ministério Público, a CORSAN e a Vigilância Sanitária através do Termo de Ajustamento Parcial de Conduta assinado em 2003, deveriam regularizar todos os poços artesianos perfurados.Também destaco, a responsabilidade da CORSAN e dos demais órgãos responsáveis por este setor de cumprir o que determina o Termo de Ajustamento Parcial de Conduta, juntamente com identificação e regularização dos poços perfurados pela CORSAN no município (no mínimo 32 poços) e de outros, como por exemplo as centenas de poços que a CORSAN tem em seu cadastro, realizado irregularmente por empresas de "fundo de quintal" em propriedades particulares na área urbana de Venâncio Aires.



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Bons e maus exemplos no rodeio realizado no Parque

     A chuva chegou a ameaçar durante o sábado, mas o tempo firme garantiu um ótimo fim de semana em Venahcio Aires. Com isso, muitas pessoas foram até o Parque do Chimarrão e acompanharam as provas campeiras realizadas no 41° Rodeio Crioulo do CTG Erva-Mate. Viram o incentivo dos pais e tradicionalistas às crianças, mas também se depararam com cenas lamentáveis, onde alguns, que se dizem "gaúchos", açoitavam seus cavalos quando erravam a armada.

     Atos como este, praticados por uma minoria, denigrem à imagem dos rodeios. Domingo, muita gente ficou irritada ao ver laçadores batendo com raiva em seus cavalos, como se estes fossem os culpados pêlos erros cometidos. Em certos momentos, parecia que os verdadeiros animais eram os que estavam montando. Ponto negativo para estes que se dizem tradicionalistas.

Fonte: jornal Folha do Mate (27/05/08 - pg 2)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Será que haverá omissão neste caso?? Será que haverá abertura de um processo administrativo pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou um inquérito civil pelo Ministério Público para averiguar esta denúncia???



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Empresa no Parque do Chimarrão

     O Prefeito Almedo Dettenborn está instalando uma nova empresa no pavilhão de exposições do Parque do Chimarrão. A dificuldade em arrumar um pavilhão com dois mil m2 na cidade levou a essa alternativa A nova empresa é fabricante de equipamentos rodoviários, iniciativa de dois empresários, um de Santa Cruz e outro de Guaporé. O prefeito adianta que nesta segunda receberá a carta de intenções dos empresários.

     Empreendimento bem-vindo, que vem reforçar o setor metal-mecânico. que cresce aceleradamente nos últimos anos em Venâncio. A projeção é da em presa ficar por um ano e meio no Parque do Chimarrão, tempo necessário para construir suas instalações.
Parque é berçário empresarial.

     O Parque do Chimarrão adquire a característica de um berçário empresarial. Foi lá, nas salas do pórtico de entrada, que começou a CTA Continental, hoje a maior empresa com sede em Venâncio. Foi lá, no pavilhão de exposições, que será ocupado por esta nwa em presa, que começou a funcionar a Tramontini, montadora de tratores e implementos agrícolas, que hoje está vendendo no Brasil todo. Que seja também o inicio desta nova empresa de equipamentos rodoviários, mesmo que alguns possam reclamar, pois o pavilhão oferecia duas quadras esportivas. Mas existem tantas outras no município.

Fonte: jornal Folha do Mate (24/05/08 - pg 06)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Acho que algo está errado, pois logo protocolado a renovação da licença ambiental para área de lazer o Parque do Chimarrão terá uma empresa funcionando em seu interior??



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terça-feira, 20 de maio de 2008

Município protocola renovação da licença do Parque

     A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) protocolou ontem a renovação da Licença de Operação do Parque Municipal do Chimarrão. O pedido foi assinado pela manhã pelo prefeito Almedo Dettenborn. A autorização estava vencida desde 2005, o que resultou em uma multa da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). No dia 12 o Município encaminhou recurso, que deve ser respondido pela Fepam em 30 dias. O prazo para regularização da Licença de Operação do Parque terminaria na quinta-feira, dia 22.

Arquiteta Sandra Sperb e a bióloga da Semma Mariana Faria Correa apresentaram a documentação ao prefeito (foto: Assessoria de Imprensa/Prefeitura)

     Como medida compensatória pela licença vencida e pela pista de kart ter invadido uma Área de Preservação Permanente (APP), a Semma propôs à Fepam a implantação da trilha ecológica existente próximo ao acesso Dona Leopoldina, com atividades de educação ambiental voltadas para estudantes. Além disso, serão plantadas mudas de árvores no Parque do Chimarrão.

Autora: Rozana Ellwanger

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: Isso que é "Gestão Ambiental"... somente 3 anos de atrazo na renovação da Licença de Operação, sem falar nas alteraçãoes realizadas com a licença vencida...

Leia mais em:

Conteúdo da Licença de Operação

Fepam multa Prefeitura por irregularidades na pista de kart



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sábado, 17 de maio de 2008

"Garis que acumulam o lixo nas esquinas estão errados"

 

     Os garis que amontoam o lixo nas esquinas, antes de efetivar o recolhimento, estão trabalhando contrariamente ao que foi acordado com a empresa. A informação foi repassada quinta-feira pelo gerente da Conesul, Ricardo Muradás. A denúncia foi feita por um morador à Folha do Mate, que encaminhou o caso à empresa responsável pelo recolhimento em Venâncio Aires.

     Conforme a denúncia, feita por Rodrigo Bruch, o problema é idêntico ao verificado no ano passado. Sacolas de lixo são amontoados junto às esquinas para posteriormente ser recolhidas. Bruch diz que o problema estava resolvido, mas voltou a se registrar. "Zelamos em manter nossa residência limpa, mas em vista do acúmulo de lixo nas esquinas é impossível, eis que aglomerar o lixo para facilitar o recolhimento é desculpa. Todos passam por cima, cachorros rasgam as sacolas, os catadores abrem e deixam aberto, os lixeiros mesmos, se rasgam uma sacola ao recolher o lixo, deixam espalhados no chão", menciona o denunciante.

 

Denunciante fotografou o acúmulo de sacolas de lixo na noite do dia 13 de maio e....

 

    Ele também refere que acha uma vergonha acordar de manhã cedo e ver restos de comida, papel higiênico sujo, lâmpada quebrada, latas, garrafas pets atiradas na frente da sua casa. "E a minha lixeira na esquina, que nunca foi usada", garante.

     Muradás foi enfático em dizer que todos os funcionários têm que trabalhar de acordo com o que a empresa determina "e não por conta". Por isso, salienta, assinam um termo de compromisso, onde está especificado que é proibido amontoar as sacolas de lixo nas esquinas. "Eles recebem para realizar o trabalho, e tem que fazê-lo de forma correta", explicou o gerente da empresa.

     Preocupado com a denúncia, Muradás entrou em contato com Bruch e disse que tomará as providências necessárias. Ele referiu que o serviço tem que ser prestado de forma correta e pediu que os moradores denunciem, caso o episódio se repita. O telefone é o (51) 2107-2107. Contatada, a Secretaria do Meio Ambiente informou que a responsabilidade pelo recolhimento do lixo é apenas da Conseul. No setor não haviam reclamações sobre o recolhimento de lixo.

 

     CATADORES

     Diariamente, catadores de produtos recicláveis e até mesmo aqueles que buscam restos de comida para se alimentar, percorrem as ruas da cidade atrás de sacolas e todo o tipo de objetos que vão para o lixo. Alguns, a minoria, têm o cuidado de abrir as sacolas, pegar o que for de interesse e depois fechá-las para não atrapalhar o serviço dos garis.

     Mas a maioria não tem esta preocupação. Rasgam as sacolas e o resultado são restos de lixo espalhados por todo lado. "Tem até usuários de crack que estão revirando os lixos atrás de objetos que possam vender para comprar a droga", garantiu um funcionário da empresa que atua no turno da noite.

 

...o que encontrou na manhã seguinte. Material foi encaminhado à gerência da Conesul

 

     Também se mostrando preocupado com a denúncia, o funcionário garante que há locais onde algumas sacolas são amontoadas. "Mas por pouco tempo', ressalta. Ele diz que a maioria do problema e que resulta em lixo espalhado pelo chão é provocado por alguns catadores. "Nosso trabalho não pode ser prejudicado pela ação destas pessoas", argumenta.

 

Autor: Alvaro Pegoraro - Jornal Folha do Mate (17/05/2008)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

 



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quinta-feira, 1 de maio de 2008

VKC diz que pista invadiu apenas um metro da área de preservação

 

     O engenheiro responsável pelo projeto da pista de kart do Parque do Chimarrão, Celso Knies, afirmou que não tinha conhecimento sobre o processo de licenciamento. Recentemente, a obra foi multada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) por invadir uma Área de Preservação Permanente (APP). A Prefeitura recebeu uma multa pela construção e pelo fato de o Parque estar com a Licença de Operação vencida.

     Conforme Knies, ele foi o responsável pelo projeto e pelo orçamento da construção do kartódromo. Mas outra pessoa estava encarregada de obter a licença junto aos órgãos competentes. "O problema é que o projeto de licenciamento não passou por mim", diz, completando que apenas cumpriu ordens. O engenheiro preferiu não informar quem estava responsável pelo licenciamento.

     O presidente do Venâncio Kart Club (VKC), Fagner Schwengber, afirma que não foi derrubada nenhuma árvore para a construção da pista de kart e que não obtiveram autorização dos órgãos ambientais competentes porque todo o Parque do Chimarrão está em situação irregular. "Como todo mundo sabe, o parque todo não tem autorização. O local (da pista) na verdade está um metro fora do padrão", diz, explicando que a construção invade em um metro a APP.

 

Área próxima à sanga foi cercada

 

     Antes do início das obras, explica Schwengber, o projeto foi modificado para se adequar às distâncias exigidas. No entanto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) teria informado que a APP compreende uma distância de 30 metros do curso d'água. Apenas durante a fiscalização da Fepam que teriam sido comunicados que essa distância deve ser calculada com "a sanga cheia". Por esse erro, diz o presidente, a distância preservada está inadequada.

 

     CERCA

     O presidente do VKC faz questão de ressaltar que nenhuma árvore da APP foi derrubada para a construção da pista. Além disso, ele acredita que hoje a sanga está até mais protegida do que antes da obra. "A gente não invadiu mato, tem uma distância boa da sanga. Onde a gente fez a pista ainda fez cerca de proteção", explica, afirmando que com a tela não será possível o acesso ao curso d'água, preservando a vegetação das margens.

 

Autora: Rozana Ellwanger - jornal Folha do Mate (01/05/2008)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder



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Fepam multa Prefeitura por irregularidades na pista de kart

No último dia 17, fiscais da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) constataram, durante fiscalização no Parque Municipal do Chimarrão, que parte da pista de kart foi construída em local proibido. O lado dos boxes invadiu uma Área de Preservação Permanente (APP), ou seja, a mata que deve ser preservada nas margens de cursos d'água. Além disso, o parque está com a Licença de Operação vencida desde 2005.

Conforme o Auto de Infração emitido pelo órgão, a Prefeitura agiu ilegalmente ao "construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos ou serviços potencialmente poluidores sem licença ou autorização dos órgão ambientais". Após a fiscalização, a Fepam determinou uma multa de R$ 18,9 mil a ser paga pelo Município, além de um prazo de 30 dias para renovar a Licença de Operação com a inclusão da pista de kart. A Administração tem também um mês para elaborar plano de compensação pela construção na APP.

Parte dos boxes invade área protegida, à margem de um curso d'água

A bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Mariana Faria-Corrêa, afirma que a pasta não emitiu licença para construção da pista. "O Município não poderia ter dado licença porque o porte não condiz com as nossas competências legais. Para kartódromos em área maior de cinco hectares o licenciamento é na Fepam", explica, lembrando que intervenções em Áreas de Preservação Permanente só podem ser autorizadas pela Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Como medida compensatória pela construção na APP, prevista no auto de infração, a bióloga diz que uma das sugestões a serem apresentadas está a implementação efetiva da trilha ecológica localizada no acesso Dona Leopoldina e sua utilização para educação ambiental. O responsável pelo projeto da pista de kart não foi encontrado para comentar o assunto.

LICENÇA VENCIDA

De acordo com Mariana, desde o ano passado a secretaria está trabalhando para colocar todas as licenças "em dia", entre elas a do Parque do Chimarrão, que venceu em dezembro de 2004. Portanto, há três anos. Mas, antes de enviar o pedido de renovação à Fepam, a Semma estava realizando reuniões com outras secretarias e com o Executivo para tratar das alterações necessárias. No pedido de licenciamento do parque, explica, seria incluída a pista de kart.

Autora: Rozana Ellwanger - jornal Folha do Mate (29/04/2008)

Postado por Wilson Junior Weschenfelder

Nota do Blog: O Parque do Chimarrão, na verdade, está com a Licença de Operação n° 8446/2003 vencida desde 29 de dezembro de 2004, com diversos problemas ambientais e com quase todos os itens que a Licença discrimina com irregularidades, demonstrando assim, a incompetência no gerenciamento do Parque (Veja o conteúdo da Licença AQUI).

Itens que não foram cumpridos conforme determina as Condições e Restrições da Licença de Operação n° 8446/2003, veja alguns:

01-deverão ser mantidas as áreas de preservação permanente ao longo da Sanga da Areia e afluentes bem como no entorno das nascentes permanentes ou intermitentes existentes na área, conforme definidos pela Resolução CONAMA 303/2002; (invasão da APP pela pista de Kart, bicicross, cocheira, sanitários, etc.)

02-deverão ser removidas todas as instalações localizadas na área de preservação permanente da Sanga da Areia e afluentes, com exceção da sede da Assive, da cancha de bocha e da sede do CTG Erva Mate; (somente algumas instalações foram removidas em 4 anos)

03-deverá ser implementado um projeto de compensação ambiental relacionado aos impactos decorrentes das edificações instaladas, devendo este incluir, entre outras ações, o reflorestamento ou adensamento da vegetação ciliar, com plantio de, no mínimo, 2000 (duas mil) mudas de árvores nativas da região onde está inserido o empreendimento; (foram plantadas espécies que não são nativas da região como Peltophporum dubium e Inga marginata)

04-não poderá ocorrer supressão da vegetação nativa de porte arbóreo e arbustivo existente na área do parque; (foi realizada supressão - até de espécies citadas como ameaçadas de extinção como a Gochnatia polymorpha VU - para a construção de outras instalações)

05-deverá ser informada à FEPAM, e previamente aprovada, qualquer alteração das obras já existentes; (foi realizada diversas alterações e construções novas sem aprovação da FEPAM)

06-as atividades do empreendimento não poderão acarretar em alterações nos recursos naturais no entorno do mesmo; (sem tratamento dos efluentes líquidos)

07-não deverá ocorrer qualquer modificação dos ecossistemas naturais da área, sem autorização prévia da FEPAM; (aterro do açude com lixo e resíduos provenientes de podas da área urbana)

08-deverá ser regularizado previamente na FEPAM qualquer uso alternativo para o empreendimento; (kart não era previsto)

09-não deverão ser suprimidos, cortados ou danificados eventuais espécimes ocorrentes na área e definidos pelos Códigos Florestais como imunes ao corte; ("aparecimento" de indivíduos de Ficus sp. no Parque, possivelmente, sem autorização do órgão competente)

10-deverá ser implementado programa de gerenciamento dos resíduos sólidos gerados do parque; (nunca foi implementado)

12-com relação à instalação de equipamentos passíveis de derramamento (combustíveis ou outros), deverão ser tomadas medidas de contenção que evitem contaminação da área; (não há este equipamento na área do motocross)

15-deverá ser implantado Programa de Educação Ambiental junto aos usuários e funcionários do empreendimento bem como a colocação de placas educativas relacionadas à preservação ambiental e indicação das áreas de preservação permanente; (nunca foi implementado)

16-com relação ao sistema de esgotamento sanitário:

16.1-deverá ser implantado sistema de esgotamento sanitário para todas as instalações geradoras de efluentes cloacais existentes na área do parque (restaurantes, sanitários, cozinhas); (nunca foi implementado)

16.2-deverá ser implantado sistema adequado de destinação final dos efluentes cloacais gerados nas unidades instaladas nas área de preservação permanente, com adoção de medidas específicas para as instalações que permaneceram no local bem como ações emergenciais associadas ao cronograma de remoção das demais instalações ali existentes; (nunca foi implementado)

17-com relação às obras de implantação da pista de motocross, deverá ser solicitada autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, para as atividades de remoção de material mineral e respectiva utilização deste material fora da área do parque; (o material - solo - foi removido mesmo que explicitado por esta Licença)

18-o material mineral proveniente das obras de implantação da pista de motocross somente poderá ser utilizado em área ambientalmente licenciada pelo órgão competente; (há dúvidas sobre este item????)

E não pára por aí, há também outros problemas como:

1) os poços artesianos não possuem a Outorga do Departamento de Recursos Hídricos;

2) não há demarcação das nascentes, sendo que muitas já foram aterradas;

3) não há citação de uma espécie muitíssimo rara no Parque, a palmeira Butyagrus nabonanndii;

4) a Sanga da Areia não é o único curso de água que passa pelo Parque. Tem ainda um córrego na divisa da pista de motocross onde a nascente é no açude (lado oeste), também tem cursos de água que foram canalizados como: a nascente que existia ao lado da Casa de Cultura junto as Taquareiras; o córrego que nasce numaçude ao lado do poliesportivo; e o córrego que nasce ao lado da Capesva e "enchia" o açude que foi aterrado com lixo;

5) e a Sanga da Areia recebe, além do esgoto do Parque, de empresas do Distrito Industrial.

E é assim que está o "gerenciamento" do Parque do Chimarrão nos últimos anos...




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terça-feira, 1 de abril de 2008

20 toneladas de lixo são retiradas do Castelhano

     Foi um sucesso. Assim o presidente do Rotary Clube Venâncio Aires, José Eleir de Macedo, descreveu a atividade realizada sábado, em prol do arroio Castelhano. O projeto SOS Arroio Castelhano reuniu representantes de diversas entidades, políticos e voluntários que percorreram aproximadamente dez quilômetros por água ou terra com a finalidade de recolher o lixo que encontravam. Ao final, cerca de 20 toneladas de lixo foram recolhidas. O próximo passo do Rotary é encaminhar uma sugestão ao prefeito Almedo Dettenborn de como tratar corretamente o esgoto de Venâncio Aires.
      A abertura oficial do SOS Arroio Castelhano ocorreu junto a extinta Estação de Tratamento de Água (ETA), ao lado do arroio Castelhano, no acesso a Grão Pará. Numa rápida solenidade, se pronunciaram o presidente do Rotary, que ressaltou que é da água que vem a vida, lembrando da importância de estimular a consciência de todos para a preservação do meio ambiente, o prefeito Almedo Dettenborn, que observou as ações concretas em prol do Castelhano, como a feita pelo Rotary, e o presidente da Cooperativa dos Pescadores de Venâncio Aires (Coopeva-Z6), Paulo Schwertner, que lembrou que a entidade trabalha há 12 anos com a limpeza e povoamento de arroios e rios dos vales do Taquari e Rio Pardo. Para encerrar a solenidade e simbolizar a luta pela limpeza do Castelhano, foi plantado um Ipê Roxo na margem do arroio.
 
No bairro Battisti, voluntários recolheram grande quantidade de lixo no arroio e arredores

     EQUIPES
     Divididos em seis equipes, integrantes de clubes de serviços, escoteiros e voluntários foram a campo recolher o que encontravam. O trabalho iniciou em Linha Olavo Bilac e se estendeu até o Passo do Cananéia. Segundo Macedo, a quantidade e tipo e objetos impressionou. "Pneus de caminhão, sofás e até armários estavam jogados às margens e dentro do arroio", mencionou o presidente do Rotary.
     No bairro Battisti, um dos locais onde o Castelhano acumula mais lixo, integrantes do grupo de hip hop Código das Ruas e voluntários recolheram de tudo. Desde pequenos sacos plásticos, garrafas pet e até pneus. Grande parte das cerca de 20 toneladas do material foi levado para a usina de reciclagem de lixo, em Linha Estrela. Outra parte do lixo, já separada, seguiu diretamente para São Jerônimo, destino do lixo recolhido em Venâncio Aires.
 
     ESGOTO
     Esta semana, o Rotary se reúne com integrantes da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Venâncio Aires para tratar do projeto sobre o tratamento correto do esgoto sanitário do município. "Temos o projeto pronto e vamos apresentá-lo ao prefeito Almedo", disse Macedo. A intenção é que futuramente, antes de dar o 'Habite-se', os profissionais da Prefeitura fiscalizem as obras para ver se o tratamento do esgoto está de acordo com o projeto. Depois deste passo, ressalta Macedo, o Rotary fará uma campanha para conscientizar sobre o destino correto do óleo de cozinha.

Autor: Alvaro Pegoraro - Jornal Folha do Mate
Postado por Wilson Junior Weschenfelder


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